"A civilização é definida pelo direito e pela arte. As leis governam o nosso comportamento exterior, ao passo que a arte exprime nossa alma. Às vezes, a arte glorifica o direito, como no Egito; às vezes, desafia a lei, como no Romantismo.
O problema com abordagens marxistas que hoje permeiam o mundo acadêmico (via pós-estruturalismo e Escola de Frankfurt) é que o marxismo nada enxerga além da sociedade. O marxismo carece de metafísica – isto é, de uma investigação da relação do homem com o universo, inclusive a natureza. O marxismo também carece de psicologia: crê que os seres humanos são motivados apenas por necessidades e desejos materiais. O marxismo não consegue dar conta das infinitas refrações da consciência, das aspirações e das conquistas humanas.
Por não perceber a dimensão espiritual da vida, ele reduz reflexivamente a arte à ideologia, como se o objeto artístico não tivesse outro propósito ou significado além do econômico ou do político." Camile Paglia
PORQUE SOU CONTRA A IDEOLOGIA DE GÉNERO...
"A Mulher é o mais belo espelho da divindade, mas o Dogma assassinou a mulher...e por consequência, o homem." Ibn Arrabi
Fazer o elogio da Mulher e da Beleza do feminino parece-me hoje mais do que nunca uma emergência face ao ataque cerrado de uma feminilidade cada vez mais longe da sua essência e à deturpação da mulher autêntica, a mulher real...seja pelos Mídea, pela moda, pela cosmética, pelo cinema, pela pornografia, e pelo espectáculo em geral; toda uma industria que vive a custa da imagem da mulher, e que apesar de difundirem imagens estereotipas de uma suposta beleza, ela é normativamente uma beleza fictícia que vai do género masculino, mulheres rapazes, travestis...mulheres sem seios e sem ancas, esqueléticas ou magras em extremo, até ao grotesco da mulher fatal, de seios volumosos cheios de silicone, tida como fetiche do imaginário masculino, há muitos anos já, tanto como a equilibrista dos saltos altos agulha ou a de lingerie vermelha e chicote, sado-maso das revistas e filmes porno...etc....quer agora esta violência crescente feita à Mulher essência pelas imagens degradantes que proliferam nos ecrans da moda e do cinema as passadeiras vermelhas, desde a "mulher barbuda" do festival da Euro-visão, imagem que já era completamente difundida pelas drag queens (mas sem pelos) e dos transsexuai em geral...que por tanto quererem ser mulheres dão uma imagem grotesca da mulher que tanto invejam-desejam ser.
Toda esta aberração que é a chamada "ideologia de gênero" e que representa o conceito que sustenta a identidade de gênero, baseia-se na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sem diferenças, sendo a definição do "masculino" e do "feminino" um produto social-histórico-cultural desenvolvido (tacitamente) pela sociedade, sim uma sociedade alienada e estupidificada que cria monstros e os alimenta com essas filosofias... Na verdade o que acontece é que a mulher e a Mãe foi e é efectivamente desviada da sua essência-feminina intrínseca para corresponder a um estereótipo masculino, e por consequência o homem (filho) também não conhece esse feminino. Assim, de forma superficial e estupidificante, esses filósofos e ideólogos do género, apresentam-se agora, tais como Lacan e Foulcaut etc., sem conexão a sua alma e sem uma dimensão profunda do ser, e que não percebem que é somente a partir desta alienação de si da verdadeira mulher, que eles não conhecem, e portanto vem com uma teoria de genero que visa apenas a destruição da identidade verdadeira do SER MULHER.
Como aliás o cinema, a arte e a cultura, fazem há decadas, e que são fruto de mentes em conflito, marxistas e positivistas, alienados de uma essência e assim encaram todo este drama existencial. Eles não entendem este mundo em decadência cada vez mais sem valores nem consciência humana. Eles não sabem nem sonham como se perdeu a verdadeira Mulher e a Mãe desde que a mulher foi afastada da sua essência e natureza primordial.
Dizer portanto que "a identidade de gênero pode ser medida em diferentes graus de masculinidade ou feminilidade, sendo que estes podem mudar ao decorrer da vida, de acordo com alguns psicólogos" é outra confusão ou construção, dado que são os conceitos e os preconceitos e as deformações sociais materialistas que correspondem a estereótipos, que reprimem e modelam o individuo (mulher) para melhor a manietar e escravizar. É claro que isso afecta tanto as mulheres como os homens que assim foram afastados da sua verdadeira natureza e vivem "diferentes graus de masculinidade ou feminilidade. É obvio que esta alienação dos Princípios masculino e feminino na sua essência, um por excesso e outro por carência, permitiu todas estas confusões e desvios... Nem o a Mulher nem o Homem sabem realmente quem são...
Por outro lado o Homem nunca poderá representar homem e mulher. Humanidade ou ser humano poderá incluir a mulher, mas O Homem não inclui a mulher. Quando se fala do Homem e se enumera factos e feitos e razões, eu não me sinto incluída, talvez porque na realidade a grande maioria das vezes nem implícitas as mulheres estão pelas suas caracteristicas e natureza bem diferente da do homem. Enfim, para alguma coisa se fala em linguagem inclusiva, onde o ele e o ela se revejam na comunicação de uma forma individualizada e particular e com as características especificas e diferenciadoras de cada sexo. Esta falta do feminino é uma das razões que aponta para a perda de identidade feminina...
A Mulher ao se deixar aglutinar à historia e cultura de domínio do Homem perdeu completamente a noção da sua singularidade e especificidade...ao ponto a chegamos hoje de haver toda esta confusão de Géneros...
Mulheres é tempo de repensarem a comunicação e a linguagem pois ela reflete comportamentos, pensamentos e ações. A mulher permite, autoriza e compactua com comportamentos machistas fomentados pelo patriarcado sem na maioria das vezes ter consciência de que o faz, pois toda a aculturação ao longo dos últimos séculos não tem permitido que ela visualize para além da manta negra que a separa de si própria da sua essência feminina. As coisas estão mudando e a mulher após mulher vai despertando e sentido a necessidade absoluta de compreender a verdadeira e poderosa mulher em si, aquela que é livre do poder patriarcal.
rlp
Paglia acrescentou: "Como Germaine Greer e Sheila Jeffreys, rejeito a coerção patrocinada pelo Estado para chamar alguém de" mulher "ou de" homem "simplesmente com base no seu sentimento subjectivo sobre isso.”**
*In Personas sexuais de Camille Paglia
** entrevista com Camille paglia
2 comentários:
Achei interessante a foto e muito mais interessante o texto com a reflexão que todos nós temos que fazer, meus parabéns.
Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Muito obrigada pelo seu comentário...
rlp
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