O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, outubro 21, 2021

UM BREVE APONTAMENTE SOBRE A EMPATIA




A EMPATIA não se cria nem se fabrica nem se exerce por vontade própria...

ELA ESTÁ NO CORAÇÃO DO SER HUMANO, MAS é um estado de consciência humana bem mas elevado do que o comum e só acontece quando se ultrapassa o estado egoico da personalidade e se atinge o nucleo central do Ser... Isso acontece quando se estabelece o equilíbrio dos opostos dentro do individuo, e ele já não se debate entre questões morais de bem e mal ou julgamentos primários pois é um  trabalho interior deveras árduo e de uma vida inteira como é todo o trabalho de introspecção e aprofundamento da psique humana ...E isso significa de algum modo superar a dualidade! Nunca poderemos exercer uma verdadeira empatia com sentimentos morais de bem e mal…
Acredito que a Empatia é intrínseca ao ser humano e principalmente um dom da mulher; ela é uma qualidade interior do feminino mas no caso da mulher acaba por ser algo forçado pelo exterior através de uma educação social mais ou menos religiosa que a força a viver para servir os outros e que embora empatica por natureza, essa não é a verdadeira empatia, a que nasce e se manifesta espontaneamente quando vinda do coração inteligente, e isso só pode acontecer de forma natural quando a pessoa atinge uma certa maturidade e equilíbrio emocional e psíquico, quando exerce um recuo interior e ultrapassa o seu ego e a dualidade bem-mal
Ela não se manifesta enquanto a pessoa é dominada pelos aspectos primários do seu ser, tais como a insegurança emocional e psicológica que se expressam inconscientemente (ou não) através de sentimentos e complexos, de inveja de ciume e de posse seja entre mulheres seja entre homens e mulheres.. Só quando estes aspectos forem ultrapassados até um certo ponto por uma consciência verdadeira do Ser em si, e da sua vida como individuo pleno, o que é raro, ela pode aflorar sem equívocos....
Assim como a empatia verdadeira só se manifesta curativamente quando alguém evoluiu como ser humano e já não precisa do olhar do outro para se valorizar ou da sua apreciação em particular (como bom ou mau) ou de qualquer afirmação pessoal para ser o que se julga ser na aparência, também na cura e na terapia a pessoa só a pode exercer quando se liberta do jugo da persona pois sem verdadeira empatia não há cura. É preciso que a pessoa que quer ajudar ou curar outra, esteja ela própria nesse estado de recuo e consciência interior para que a Presença do Eu Sou verdadeiro se manifeste e não o ego personalístico da pessoa imatura ou ferida que - na sua ignorância disfarçada de sabedoria - quer a todo o custo ser isto ou aquilo, mestre, xamã ou curador, para superar os seus complexos de inferioridade ou as suas fraquezas e medos.
Não, a empatia ou a cura não se fabrica de fora para dentro nem pode ser imposta como qualidade pela educação ou por uma formação holística, cursos e manipulação de energias. A empatia esta na base de todo o relacionamento saudável quando as pessoas estão conscientes de si e dos seus processos internos, senão acaba sempre por ser uma relação entre vampiros narcisistas de um lado e do outro, pessoas falsamente empáticas, criando relações forjadas entre dominadores e dominados… relações de poder de uns sobre os outros, que criam dependências e normalmente não curam, mas agravam as feridas de cada interveniente.
A EMPATIA verdadeira nada tem a ver com simpatia ou antipatia, que normalmente vêm do ego ... tal como o gostar e não gostar de...
rlp



1 comentário:

Vânia Jones disse...

Bom dia, gosto tanto de te ler. Beijos