O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, outubro 10, 2021

A FARSA HUMANA




UM SISTEMA MUSCULADO, BÁRBARO...

"...a origem desta bestialidade chamada "modo de vida patriarcal capitalista" está na relação de uma mãe masculinizada com o seu filho ou filha. As grandes resistentes e heroínas deste tempo de barbárie são as mães e suas amigas e amigos que se recusam a aceitar o mito da superioridade masculina. São as mães que dão um amor incondicional não lamechas. Que resistem miraculosamente à intoxicação dos media e da escola. Escola já dominada em grande parte, apesar das boas intenções de milhares de generosos professores, pelo narcisismo masculinizado de tipo bullying dos pares aparentemente suave mas mais perigoso porque não é detectável. Torna-se por isso necessário defender e praticar uma ecologia profunda que denuncie o horror desta civilização patriarcal. As mães que não se submetem ao mito da superioridade masculina são as autênticas ecologistas e terapeutas da mente. Deveriam ser apoiadas pelos que no Estado ainda têm uma réstia de lucidez. Uma política virada para o abandono progressivo do trabalho assalariado, pelo retorno à mãe-terra, abandono do crescimento violento e masculino em beneficio de uma economia de decrescimento baseada no principio da feminilidade e retorno à terra, na felicidade bruta nacional como sucede no país budista do Butão, às comunidades auto-suficientes, às viagens telepáticas com o coração, etc. Uma utopia realista que não pode ser adiada sob pena de destruição do que resta de vida planetária. "


A FARSA HUMANA:
A FAMÍLIA, A AUTORIDADE, A IGREJA, O ESTADO 

"As pobres criaturas divertem-se, mas esse divertimento só serve para distrair os mesmos do verdadeiro mal que os afecta... Deixaram que fizessem das suas vidas qualquer coisa e fingem que se sentem orgulhosos por isso. Tentam transmitir uma satisfação, mas ninguém acredita... Não conseguem sequer enganar-se a si mesmos quando se deparam com o reflexo frio do espelho da vida. Assim perdem tempo com coisas estúpidas que os fazem rir e cantar, sonhar ou chorar...
Através do desporto mediatizado representa-se o êxito e o fracasso, os esforços e as vitórias, que os escravos modernos deixaram de viver no seu quotidiano. A sua insatisfação incita-os a viver por procuração frente à televisão. Assim como os imperadores da Roma antiga compravam a submissão do povo com pão e circo, hoje em dia é com diversões e consumo do vazio que se compra o silêncio dos escravos." - Jean-François Brient


MEDICINA OU CARNIFICINA...

"A medicina ocidental só conhece um remédio contra os males dos quais sofrem os escravos modernos: a mutilação. É à base de cirurgias, de antibióticos ou de quimioterapia que se tratam os pacientes da medicina mercantil. Nunca se ataca a origem do mal, somente as suas consequências, pelo motivo de que esta busca da origem do mal nos conduziria inevitavelmente à condenação fatal da organização social em toda a sua totalidade."
 
Jean-François Brient

1 comentário:

Raissa disse...

Sábias palavras...