O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 26, 2002



Doryt rabinyan

“OS NOSSOS CASAMENTOS”

Um Romance Matriarcal
Excertos da entrevista de M.Teresa Horta, à escritora israelita no DN de 26/4/2002.

“Sou uma escritora feminista. Tal como sou uma mulher feminista. E nem entendo como pode haver mulheres que digam que não o são, o que representa afirmar que as mulheres não continuam a ser descriminadas. É o mesmo que um negro que não é contra o racismo, que a discriminação baseada na cor da pele não existe ou não tem importância”

(...)

Quando escrevo, estou a testemunhar como mulher. Estou a contar a história daquelas que o não podem fazer.”

(...)

“Gostaria de lhe dizer ainda, que acredito que é importante a mulher deixar de ser apenas a filha de um homem ou a mulher de um homem. Temos de nos encontrar, de tomar o nosso próprio espaço, que diga respeito a nós mesmas. A escrita, para mim, é também isso”.

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