O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 22, 2002

Ana Cristina Dias - técnica mista - Galeria Trema


Passaram estes dias sem qualquer vontade ou estímulo para acreditar neste meio quase abstracto de comunicar...Há dias em que é muito fácil deixar para tràs este tipo de fantasia virtual. Percebo que qualquer pessoa o deixe de fazer de repente. Mas será que um livro é mais concreto no que respeita a chegar a um leitor? O que é que as pessoas procuram na Internet? Distracção, devaneio, afecto, divertimento, erotismo, informação, prazer? Penso que ninguém tem paciência para ler nada sério ou chato. A conclusão é simples: a Internet é para gente nova... não para uma senhora da minha idade. De facto, às vezes, mais pareço uma adolescente! A Dulce Dias ficou espantada com a minha idade...Ela julgava-se a mais velha por aqui e ficou admirada quando soube que eu só tinha mais vintes que ela...

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