O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 08, 2002



Minha irmã dos caminhos cruzados, eu também não acredito no amor de ninguém. Tudo são sonhos e projecções dos nossos sonhos neste mundo de ilusões grandiosas e torpes lado a lado nesta humanidade.Cada ser humano, passada a ponte dessa ilusão fragmentária do mundo, fica só consigo mesmo.O caminho é estreito e individual. Aí todos caminhamos sós mas o sorriso é diferente, vem da alma. Única Luz. Luz que incide em cada passo e não no horizonte...
Eu já me embrunhei tanto na Floresta que não posso voltar à praia onde se banham os discípulos e o Mestre. Aí o sol brilha e todos usufruem da paisagem e do horizonte largo...Eu mergulhei nas brumas do mais escuro lago à espera que a Senhora da Noite e das Águas acorde do seu sono milenar e me dê abrigo nos seus braços sob a noite estelar. Eu espero a grande Serpente que vai debaixo da terra acordar e fazer estremecer o mundo da sua iniquidade...

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