O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 07, 2002

De há uns dias a esta parte dei por mim com pensamentos alados em forma mesmo de aves e pássaros... Talvez uma asssociação inconsciente devido ao facto da alma ser representada por um pássaro para os egipsios...
BA um pássaro com cabeça humana...é a Alma Cósmica, Espírito do Fogo, animador das Forças ou Energias dos diversos lugares sagrados do mundo... Uma pomba representa o Espírito Santo para os católicos -- noção redutora e sincrética de um conhecimento mais vasto, iniciático...OS MISTÉRIOS do Antigo Egitpo perdidos no pó e pela escomalha...a barbárie...
Bom, mas voltando à terra, o que eu queria contar é que fui assolada de várias maneiras por pombos... um entrou na loja e foi difícil fazê-lo sair... outro apareceu aos meus pés sem mais nem menos... e outro fez-me no meio de um discurso enfático... um cocó mesmo no meio da cabeça! Isto dá que pensar!

* * *

2 POEMAS DE AMOR DO ANTIGO EGIPTO

Um botão de lótus a sua beleza
e de frutos o seu peito.


O seu rosto é uma armadilha numa floresta de meryus

E eu, um pobre ganso selvagem
Um pobre ganso selvagem que põe a cabeça dentro de água


Para morder o isco.


* * *

Hora da refeição: tempo de tu partires?
Receio que o teu estomago seja para ti uma melhor amante!


Para quê tanta pressa?
Porque vais comprar roupa a uma hora destas?
Porque te inquietas tanto, meu amor
Não são finas as cobertas da minha cama?


Tens sede? Toma o meu seio exuberante...

Sem comentários: