O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 24, 2004

O CÁLICE OU A ESPADA...


"A Grande Deusa, cuja adoração fora outrora o núcleo idológico de uma sociedade mais pacífica e equalitária, não se dissipou completamente. Embora ela não seja mais o poder supremo que rege o mundo, é ainda uma força de respeito - uma força que mesmo na Idade Média europeia era reverenciada como Mãe de Deus.

Apesar de séculos de proibições proféticas e sacerdotais, a sua adoração não fora completamente erradicada. Como Horus e Osiris, como Hélio e Dionísio, e, muito antes destes, como o jovem deus de Çatal Huyuk, e como a jovem deusa Perséfone, ou Kore, nos antigos Mistérios de Elêusicos, também Jesus é ainda filho de Mãe dvina. De facto ele é ainda o filho da Deusa e, como as anteriores crianças divinas, simboliza a regeneração da natureza através da sua ressurreição em cada primavera, na Páscoa."



"A paz sobre esta Terra não pode ser a supressão das forças opostas, mas a sua conciliação no interesse de um fim comum: a vida indestrutível."


In « L’OUVERTURE DU CHEMIN » de ISHA s. DE LUBCZ

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