O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 31, 2004

“O Cálice parece-se com uma taça ou um recipiente e, o que é mais importante, a forma do ventre feminino. Este símbolo expressa feminilidade e fertilidade.

O Graal é, literariamente, o símbolo antigo do feminino, e o Santo Graal representa a divindade feminina e a Deusa, que por suposto se tinha perdido, suprimida de raiz pela Igreja. O poder da mulher e a sua capacidade para engendrar vida foram noutro tempo algo de muito sagrado, mas representava uma ameaça para a ascensão da Igreja predominantemente masculina e por essa razão a divindade feminina começou a ser diabolizada pela Igreja que considerava a mulher impura. Foi o homem, e não Deus, quem criou o conceito de pecado original, pelo qual dizia a Eva comeu a maçã e provocara a queda da humanidade. A mulher antes sagrada e a que engendrava a vida converteu-se na inimiga. (...)”

Pervertendo a Génese, os patriarcas da Igreja, inverteram os sentidos da criação, traindo a harmonia dos princípios, dizendo que “Eva foi criada a partir de uma costela de Adão. A mulher converteu-se assim num apêndice do homem. A Génese é o princípio e o fim da Deusa.”

Dando assim força e suportando a história de uma metade da humanidade-homem que dominou a outra metade mulher, condenando o mundo a um permanente desequilíbrio, pela dominação do princípio masculino pela força da espada e da guerra com a repressão e subjugação da Mulher e da sua liberdade. A história dos conquistadores sacerdotes-guerreiros, bárbaros vindos das estepes, que destruíram paulatinamente um mundo harmonioso e pacífico da Deusa-Mãe, gerando “monstros - homens destinados à guerra e mulheres escravas. Mais tarde ao ser institucionalizada a Igreja só lhes deu a sua benção aliando-se a eles até aos nossos dias...

Por isso “O Gral - simboliza a Deusa perdida. Quando apareceu o cristianismo, as antigas religiões pagãs não desapareceram da manhã para o dia. As lendas da busca dos Cavaleiros do Graal perdido eram histórias que explicavam as andanças para recuperar a divindade feminina. Os cavaleiros que diziam partir em busca do “Cálice”, falavam em “chave” para proteger-se de uma Igreja que tinha subjugado as mulheres, proibido a Deusa, queimando os crentes nas fogueiras e censurado o culto pagão da divindade feminina. “

É tempo de unir os dois princípios, pólos complementares desta humanidade, dentro e fora do Ser Humano, de unir o feminino e o masculino, de unir a deusa e o deus que os bárbaros e a Igreja desuniram para dominar e vencer pela guerra! Para isso a Mulher tem de se unir e integrar as duas mulheres que foram cindidas em duas - a santa e a prostituta - pela Igreja sua maior inimiga desde o princípio dos séculos.


Excertos de EL CÓDIGO DA VINCE
Livro de DAN BROWN - Urgente leitura

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