"De novo estou de amor alegre. O que és eu respiro depressa sorvendo o teu halo de maravilha antes que se finde no evaporado do ar. Minha fresca vontade de viver-me e de viver-te é a tessitura mesma da vida? A natureza dos seres e das coisas - é Deus? Talvez então se eu pedir muito à natureza, eu paro de morrer? Posso violentar a morte e abrir-lhe uma fresta para a vida?
Corto a dor do que te escrevo e dou-te a minha inquieta alegria."
in Água Viva - Clarice Lispector
A SIMBIOSE DO AMOR
OU O ENCONTRO DAS ALMAS NOUTRA FREQUÊNCIA?
AMOR ENERGIA, DENSIDADE MÁGICA, MILAGRE? AMOR QUE NOS ULTRAPASSA E MAL...CHAMAMOS E CLAMAMOS POR DEUS COMO SE NÃO FÔSSEMOS NÓS MESMAS PARA LÁ DESSE VÉU?
- PROCURAMOS UMA FRESTA NO VÉU DA MORTE ONDE A VIDA COMEÇA PARA LÁ DOS LIMITES DA MATÉRIA?
É O AMOR COMO UM "ESTADO DE GRAÇA", MEIO FRÁGIL DE ACESSO A OUTRA CONSCIÊNCIA ONDE A HARMONIA E OSMOSE SE DÁ ENTRE SI MESMO E OS SERES, ONDE NÃO HÁ CORPO MATÉRIA DENSA, A DENSIDADES QUE PROCURAS?
O SAGRADO? O SEGREDO QUE FICA ENTRE MIM E MIM E ENTRE MIM E TI? COMUNICÁVEL SEM PALAVRAS...NO ETER E NO OLHAR QUE SE PERDE QUANDO SE SENTE MAIS DO QUE É HUMANAMENTE POSSÍVEL.
MAS ONDE COMEÇA O MEDO E A MENTIRA? ONDE OS HOMENS TRAIEM E MATAM OS DA SUA PRÓPRIA ESPÉCIE...
POR IGNORÂNCIA E ÓDIO DE ATINGIR ESSA PLATAFORMA QUE Á SUA ORIGEM ESQUECIDA? TORNADA MITO, DOGMA E ÓDIO PURO? ESSE DEUS QUE PERSEGUEM E EM SEU NOME MATAM MILHARES DE SERES IGUAIS TODOS OS DIAS?
A FALTA DESSA DENSIDADE DE QUE FALAS? O AMOR EM ESSÊNCIA ACESSÍVEL A TODOS OS HUMANOS, DIZES... OU SONHAS?
R.L.P.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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