O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, setembro 28, 2004

A FORÇA DA BELEZA
CONTRA A ORDEM PATRIARCAL ROMANA



(...) Enquanto o Fogo da Mulher não for desejado pela consciência do homem, essa consciência será orfã de uma metade de si-mesma. Os profetas dos tempos antigos do nosso povo não tinham Mãe porque eles não a deixavam expressar-se através deles...Mas eis que a partir de agora, tem de ser diferente. Sou eu que apelo ao Fogo Feminino a encontrar o seu lugar e à Mulher a se revelar em toda a humanidade.

- Fala-nos dessa Força...pede Myriam...

- É a Força que sabe reconhecer a grandeza e a beleza de uma fraqueza. É aquela que pode reconhecer a força redentora de uma lágrima. É aquela que se que aceita as metamorfoses admitindo a mudança como energia de Vida. Ela é o princípio volátil através do qual tudo se eleva por si só.

“Digo-vos, é pela Mulher que tudo virá logo que a minha Palavra possa claramente ser entendida e é também por ELA que a minha Palavra secreta viajará através dos tempos. Existe n’ Ela um princípio destabilizador que a torna a eterna iniciadora...”

(...)
“A imaginação é uma faculdade feminina, irmã do Amor. Vocês podem vê-la como uma água saida das profundezas da alma e que impede o coração de secar. Ela é o contrapeso desse hábito que vos torna sujeitos de Roma...essa força vazia e orgulhosa que é o excesso do Fogo masculino que se estende pela Terra há tanto tempo! Essa energia de uniformização e de rotina a que eu chamo também ordem humana que sufoca a consciência. É a disciplina dos sonâmbulos, o ritual daqueles que não saiem dos carreiros feitos pelo pai do seu pai. É a força repetitiva que organiza e empareda as vidas, do princípio ao fim, sem lhes dar a possibilidade de um novo passo...”

“É ELA sim, digo-vos, que saberá abrir a Porta ao que vem.”


in visions esséniennes - d.meurois-givaudan

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