ERIC DROOKER
A SOLIDÃO DAS CIDADES...
Resolvi hoje publicar os dois comentários das duas únicas mulheres que interagem comigo nestas páginas...
Ambas com Blogues,respectivamente Mariana Inverno da ORDEM NASCENTE e Yriana do FALTANDO PEDAÇOS. Uma portuguesa e outra brasileira. As duas nações numa mesma língua e Consciência da Mulher...
Obrigada a ambas pela constância e pelo apoio. Sem elas talvez já tivesse deixado estas páginas em branco! É verdade que o essencial é escrever para nós próprias e que basta um/a leitor/a para fazer sentido escrever, mas nem sempre o estímulo existe sem feedeback.
Assim passo-lhes a palavra!
De acordo com tudo, minha amiga. E importante, a denúncia! Mas tambám já há as outras mulheres, embora em número diminuto mas crescente, as que tendo muito ou relativo sucesso no mundo ainda patriarcal, são uma espécie de agentes duplos, pois tendo consciência de tudo o que indicaste, se movimentam no mundo dos homens com destreza, e colhem dividendos, sem se trairem a si próprias nem às outras mulheres. Há muitos caminhos para a mudança, e não é necessariamente numa atitude de agressão que se constroiem os nossos sonhos. Firmeza, sim! Não cedência perante aquilo que nos ultraja o ser, sim! Conhecimento, de nós próprias e do maravilhoso legado do nosso género, sim! Instrução, cultura, autonomia económica, sim! É com estas armas que, a meu ver, podemos defender no mundo tangível os milhões das nossas irmãs pobres e sem voz que sofrem os piores horrores por esse planeta fora... E tentar lançar as bases de um alargamento de consciência sem o qual ninguém se salva! Com carinho e afecto Mariana
Mariana Inverno | Email | Homepage | 12-09-2004 05:52:29
Nossa!!! Que maravilha!!! "e há as mulheres que apenas usam a cabeça SEM QUALQUER SENTIMENTO e têm sucesso no mundo dos homens traindo-se a si próprias e às outras mulheres." Respeito e admiro sua coragem, sua força e sua ternura, querida amiga. Beijinhos.
Yriana | Email | Homepage | 11-09-2004 21:35:58
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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