QUEM NUNCA ERROU QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA...
“É previsível que tenhamos visitas de Estado (...) em que uma rapariga dará o braço a outra senhora com estatuto de esposa, ambas de malinha de mão”
Padre Luciano Guerra,
Reitor do Santuário de Fátima, sobre o casamento de homossexuais
“Corpos de inocentes(...) poderão ser macabramente transformados em cremes de amaciar a pele das próprias mães”
IDEN, sobre a eventual legalização do aborto (In A VISÃO)
Quem fez estas afirmações tendenciosamente redutoras da mulher, evocando cenários dignos da Idade Média versus ficção científica, é um padre católico português que é reitor do Santuário de Fátima.
Não são porém as mulheres que dominam o mundo e que macabramente transformam corpos inocentes em cremes para a pele, nem inventam as macabras experiências genéticas, nem são elas que produzem armas e bombas atómicas e fazem guerras ou criam a miséria do mundo, mas os homens e os líderes e ditadores das sociedades patriarcais a que a Igreja sempre deu aval e a benção.
Se as mulheres são alienadas delas próprias e da sua dignidade só o devem à Igreja e à sociedade patriarcal que as dividiu em duas, a santa e a puta!
Só um ódio e medo ancestral à Mulher, diabolizada pela Igreja, explica que continuem a falar dela desta maneira, fazendo afirmações que pervertem o sentido de responsabilidade da mulher, instigados que são pela Igreja de Roma a fazer propaganda contra as mulheres livres do seu jugo e dos seus dogmas e que na sua cegueira e misoginia não vejam o absurdo das suas contradições nem as atrocidades por eles cometidas ao longo dos séculos contra os seres humanos em geral e continuem renegando e imbecilizando a mulher, como se a mulher fosse um ser desprovido de inteligência e amor e fosse de animo leve fazer abortos a torto e direito em risco da sua própria vida!
Sim, como é que se atrevem ainda os padres a falar desta maneira primária, a dizer estas atrocidades e querer fazer da mulher uma irresponsável ou alienada que mata criancinhas e as deita no lixo ou delas deixa fazer “creme para as mãos”...como se afinal de contas, fossem as mulheres que dominassem o mundo que é deles, ou como se só eles soubessem como as proteger apesar de odiar a mulher e a paternidade, uma vez que a recusam.
Como é que os padres ousam em pleno século XXI continuar a denegrir a Mulher, eles que pregam vestidos de mulher e usam paramentos femininos, que se vestem de vermelho e lilás, que juntos e em procissão desfilam e entoam cantos e rezas à Nossa Senhora de Fátima de forma “primitiva” e pagã, tal como faziam as Sacerdotisas da Grande Mãe, cujo culto ancestral eles destruíram, que denominaram de prostitutas, as verdadeiras Sacerdotisas da Grande Deusa, essas sim, legitimamente vestidas de branco, vermelho ou roxo ou de colares e coroas de flores e porventura de “malinha de mão” onde guardavam os incensos e as ervas que curavam e com que ajudavam as dores de nascer e de morrer quem sabe, que caminhavam livres e de mãos dadas ou de braço dado, novas e velhas, entoando ladaínhas e a quem eles roubaram o ofício e os paramentos e hoje ainda imitam o ritual em Fátima...
Perseguiram e queimaram vivas, milhares de mulheres como “bruxas” nas fogueiras da Inquisição...
Tal como hoje as perseguem ainda, infantilizando-as, culpando-as e difamando-as junto do povo ignorante e supersticioso contra o aborto e a homossexualidade!
Não, nem sequer parecem filhos de uma Mãe e muito menos amantes de um Deus, mas aves de rapina agoirentas, ovelhas negras que velam o seu deus morto e negam a Vida e a Natureza querendo fazer da mulher, como sempre fizeram o seu bode expiatório!
Justamente a Mulher que é a Amante e tem o Dom de dar à Luz e iluminar o homem?
Ela que é a Mãe da Humanidade, a Senhora e a Deusa e quem eles rezam pela Paz no Mundo...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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