Podia ser como você interpreta...à partida e à superfície parece que seria assim, mas eu estou em crer que não...Nós estamos a pensar à luz do catolicismo e o que ele fez com as mulheres…Ao contrário dos católicos não se trata aqui do que o homem projecta ou idealiza. É algo que está muito acima do bem e do mal ou do que você diz as qualidades e defeitos da mulher…Trata-se do reconhecimento da mulher-deusa, da sua essência e princípio que foi adulterado e só na divisão da mulher em duas, a pura e a pecadora é que essa atitute (embuste) se conjuga, pois o que os cátaros tinham era a noção da Mulher em si, "superior", completa e sublime, embora muito semelhante ao que acontece no tantra a relação sublimada é superior em fusão das almas e das energias do que só dos corpos. Não é negar o corpo ou o sexo da mulher, é ir mais além do prazer. Eles eram dualistas sim mas encaravam de modo diferente a mulher. Respeitavam-na e enalteciam-na na vida e não a dividiram como os católicos uma no altar e outra no bordel. Não é a não aceitação do corpo como "impuro" ideia que os católicos (e islâmicos) professam e que está na origem da cisão da mulher, mas a transcendência dos sentidos como algo de supremo a atingir tanto no homem como na mulher e através justamente do poder interior da mulher, a DAMA que consola e ilumina e dá o sentido da busca do Graal...
Isso é o Minne para mim e sempre tive uma intuição muito forte disso mesmo como mulher…Os cátaros eram iluminados e nada tinham a ver com os fanáticos católicos. Por isso foram dizimados pelo vaticano e pelo Império de Roma que é a antítese do Amor. Eles mataram todos os cátaros e queimaram todas as suas obras de uma riqueza incalculável…porque os cavaleiros e os cátaros eram poetas do feminino e da palavra mágica…
Roma-Amor (leia ao contrário)
RLP
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