O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 27, 2007

O CADÁVER DA DEMOCRACIA...


“ Actualmente a exploração comercial da sexualidade feminina, oferece uma ideia superficial, desvinculada do afecto, sustentada em modelos descartáveis, consumistas, estereotipados e preconceituosos, com a imposição da estética e como prerrogativa exclusiva da juventude…" *


(...) É comum ouvir-se dizer que a mulher já está muito liberta e que conquistou um lugar sem precedentes na História…dos homens, claro…Mas se verificarmos a coesistência da imagem da mulher “moderna” e “livre” com os conceitos banalizados e promovidos pelos media e afins, telenovelas e filmes, da “outra” mulher, temos diálogos como este que vou transcrever numa telenovela escrita para a SIC e apresentada todos os dias “A Vingança” – e era a seguinte:
A rapariga ao saber que era filha de outros pais quis saber desse pai quem era a mãe e por insistência desta ele disse-lhe, textualmente:


- “Filha, a tua mãe era uma daquelas mulheres descartáveis, que se usam e deitam fora, percebes, a tua mãe era um “coirão”(palavra bem portuguesa para prostituta…), uma daquelas mulheres de vão de escada…que vivem assim e são felizes…não sei onde pára nem nunca mais soube dela,” etc….

Esta é a história contada pelos homens e “escritores/as” e que as crianças e adolescentes vêem nos nossos ecrans todos os dias…

Com que então há uma mulher descartável e depois há outra que é moderna, séria, a esposa e a filha também casada e obediente ao marido, presa dos homens, como “as senhores de e de” (ironia: no celebrar do 25 de abril na Assembleia da Republica com a presença do senhor - de deus - cardeal a festejar o ateismo da república).
Todas estas incongruências e absurdos das ideologias vazias de conteúde e de realidade. Esta é a Democracia em que vivemos???
É como os portugueses em França com o cravo da revolução ao lado de Sarkozy...


…Também vi ontem parte de um documentário sobre a venda de raparigas nos países de leste…os ditos países comunistas, onde a mulher virou mercadoria…
Estes Governos farão parte ou já fazem alguns, da União Europeia, mas como era óbvio (no telejornal) na Russia ex-comunista lá na Assembleia ou Senado deles nas declarações do Presidente Putin (lembra-me uma palavra francesa…), só havia homens à vista enquanto as mulheres e filhas deles estão a serem vendidas na rua…e para esta civilizada europa dos não sei quantos, mais os turcos, que compram as ditas mulheres.
As cimeiras e outras tretas da democracia não visa a exploração da mulher, nem a sua dignidade, e quem iria pensar nisto? Não se pensa sequer nela como vítima mas nas economias e mercados…e nos “pobres” quanto muito do 3º mundo, quando afinal de contas vivemos todos na Barbárie ainda…

RLP

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