O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 17, 2007

A NATUREZA É MATRIFOCAL

"ESSE CULTO OCULTO DA MULHER AINDA ESTÁ VIVO: SEUS ÍDOLOS SÃO, POR EXEMPLO, OS CARTAZES DAS MODELOS, CARICATURAS MODERNAS DA MULHER VERDADEIRA, CRIADA POR MACHOS PARA USO DE OUTROS MACHOS."*
Rosa, vc colocou em palavras uma desconfiança que eu mesmo tenho em relação a essa tara dos brasileiros por bundas que em última análise é a tara por sexo anal. Em qualquer banca de jornal brasileira ou tv o que mais se vê são as mulheres exibindo suas nádegas para o deleite dos machistas brasileiros. Ficava pensando se isso não denotava, duas coisas: uma a verdadeira fantasia do homem, que era o seu desjo inconsciente por outro homem e outra a mulher de quatro, servindo ao homem como um gay, e sem o seu rosto ou seios para lhe mostrar que ali estava uma mulher.

Talvez essa seja mesma a preferência nacional, como ouvimos dizer o tempo todo aqui na imprensa brasileira: o sexo anal realizado pela mulher, mas no íntimo desejado ser praticado com homens.

Um grande abraço,

Igaci i.b.v.b. 16-04-2007 16:16:46

Minha amiga: você tem razão...o que eu vejo é que o homem se afasta da sua natureza da mesma maneira que a destrói fora e a si mesmo, negando o feminino e a mãe...No caso da publicidade em geral, tanto aqui como no Brasil e talvez no resto do mundo, eu penso que revela o homo-erotismo de que os media estão empregnados pelo facto de os publicitários serem maioritariamente gays. Nada contra os gays, mas tenham a coragem de fazer cartazes com homens e não usar o lado errado das mulheres...Mas também as mulheres deviam tomar consciência de como estão a ser usadas!

"A natureza é matrifocal, ou seja, nela a mulher é o foco: os gatinhos que, ronronando, mamam na mãe pouco se importam com o gatão que os engendrou! E o velho gato que enfia o nariz em sua cobertura, que ele amarfanha com convicção e deleite, o que faz senão repetir os gestos do gatinho enroscado no ventre quente da mãe, nele ainda presente?..."*

*André Van Lysebeth
in Tantra O culto da Feminilidade

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