O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 21, 2007

É URGENTE ACORDAR A MULHER ADORMECIDA DENTRO DA MULHER ...



- Vai!...Vai!...Chegou a hora!


Vai unir-te às humilhadas filhas da noite, tuas irmãs! Ao som dos tambores do sangue ide acordar a Grande Mãe! Quebrai o vidro tumular em que o tirano coroado de louro aprisionou a sua augusta ira! Chegou a hora!


Libertai a fúria exilada nos cristais do seu sono milenar! Chegou a hora! Com o tirso do ódio excitai as matilhas do instinto! Lançai as ágeis cadelas de Lyssa aos calcanhares do déspota solar! Que o seu poder decline e o cadáver seja de novo oferecido à vingativa rapina das bacantes!


In A MADONA de Natália Correia

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