O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 30, 2007

Uma mulher por três mil dólares


TRÁFICO DE MULHERES

(...)"Quando chegam à estação de Santa Apolónia, começa o drama. Ambas são levadas para um sótão de um velho prédio no Cais do Sodré. Já no interior do apartamento, "semi-vazio" e "pouco higiénico", um homem armado exige-lhes o passaporte e o dinheiro. "A partir daquele momento, ele era o nosso dono, estávamos na mão dele, tínhamos de obedecer...", relata.

"Todo o nosso sonho tinha ido por água abaixo..."

Natália e Vitória foram violadas. "Era normal", para "quebrar a resistência". Natália foi depois revendida por três mil dólares, acabando por ir para o Alentejo onde, sob ameaça de morte, foi obrigada a prostituir-se.

A jovem moldava foi, a certa altura, "apanhada" pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). A colaboração com as autoridades significou o renascer da vida, sendo certo que muitas Natálias ainda se escondem por luzes escuras de bares de alterne baratos, por todo o País.Segundo o último relatório do Gabinete das Nações Unidas contra a droga e o crime, Portugal está assinalado como um país de "risco médio" quanto ao crime de tráfico de pessoas.
(...)
As mulheres aparecem em 77% dos processos de tráfico , as crianças em 33% e os homens em 9%. A exploração sexual é referida em 87% dos casos, contra 28% para as outras formas de trabalho forçado. " LICÍNIO LIMA in dn

Sem comentários: