O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 09, 2007

A MULHER SELVAGEM EM CADA UMA DE NÓS...


UM GRITO DE ALMA, A MULHER A ACORDAR...

Sei da luta feminista, mas ainda acho que não é mais uma questão meramente sexista... homens e mulheres temos de nos tornar seres humanos melhores... eu, por cá, decidi fazer algumas coisas... voltar para o campo assim que possivel... criar um partido da Terra e da Mulher... lutar pelo exodo das grandes cidades e incentivar as pessoas a deixar as cidades e viver no campo... todo o trabalho politico deve ser por puro altruismo e voluntariado, nenhum trabalho politico partidario sera remunerado, lugar de aldrabões é na enxada, trabalho forçado, de sol a sol... decretar o fim da era industrial, das pseudo-necessidades fabricadas pela publicidade, do consumismo mais idiota e mais idiotizante do mundo... abolir o uso do dinheiro, das ações, do capital... o unico capital é o trabalho e a generosidade... viver em comunidades, sem nada que não seja util, roupas, moveis... voltar pra tribo indigena de onde a minha bisavo nunca devia ter sido caçada... viver em orgasmo com a natureza... fazer sinal de fumaça para comunicar…

É Rosa, minha querida... eu sou uma eterna sonhadora, uma criança sonhadora nesse corpo de mãe e de mulher... eternamente inconformada com o conformismo... que nos cala, que nos aquece sozinhos em casa... no nosso medinho tacanho, na nossa mediocridadezinha de cada dia... queria ser uma libertária, alguém que pudesse gritar para a rua e escandalizar as sociedades... queria ser uma artista revolucionária, libertina, insubordinada... ser presa, tomar lsd, morrer jovem de overdose ou suicidio... queria vomitar a minha angustia sobre as cabeças baixas que passam em fila por todos os lugares do mundo ao inves de a ter de engolir silenciosamente, sufocando o meu soluço, abortando o meu choro... mas pelo menos aqui eu posso gritar, posso tirar a minha roupa e fazer o meu protesto, posso deixar as minhas lágrimas escorrerem lavando o que resta da minha dignidade de ser vivo, de mulher, e de mãe... pelo menos aqui eu posso dar vazão a essa voz firme de mulher, que só ecoa dentro de mim... quando venho aqui fico assim...

J. 08-05-2007 07:57:58
Minha amiga, quem me dera que cada mulher que aqui viesse ficasse nesse estado de alerta e com vontade de tudo o que você diz... mas sei que depende da consciência de cada uma e é você particularmente que está tão perto da Natureza Mãe e dessa essência da MULHER TOTAL que fala assim, porque é essa mulher que grita em si que é a verdadeira mulher!
Obrigada pelas suas palavras de sonho de uma humanidade livre e feliz...rl

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