O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 27, 2007

OS MÍDEA e a pornografia...


AS TELEVISÕES E OS JORNAIS e revistas que divulgam formas de pornografia a que chamam erotismo são os causadores principais da alienação global do sexo e da violência sobre a mulher.

Ao tratar a sexualidade de forma mecânica e estéril como meio de consumo e comércio dos seres e sobretudo das mulheres, os Midea estão a colaboral na aviltação dos sentimentos e na destruição dos elos mais profundos e fecundos possíveis entre os sexos. De um lado há o dia contra a violência ou dos direitos da mulher, etc. ...do outro a propaganda infernal todos os dias e a toda a hora! contra a mulher. Os filmes que passam à "hora nobre" e para as crianças inclusivé, são todos de uma forma geral uma afronta à dignidade da mesma e um atentado contra a sua pessoa, das formas mais variadas. Não há um filme em que a mulher não seja humilhada ou violada ou mesmo morta...

Ainda há dias a TVI anunciava a feira do "erotismo" em Lisboa e apresentava algumas dessas pobres - digo pobres muito conscientemente e por mais que elas digam que são felizes porque ganham muito dinheiro a "dar prazer" eu sei que elas não passam de corpos ambulantes sem sensibilidade nem ética ou mesmo sentimentos e não as considero culpadas mas à sociedade patriarcal que as esvaziou de conteúdo ou essência e (de)forma e explora há séculos como prostitutas - mulheres essas que se expõem nesses circos da forma mais aviltante e miserável de que um ser humano é capaz completamente alienadas do sentido verdadeiro da vida, do sexo e do Amor.

Chamar "erotismo" a uma feira do sexo - pura e descarada pornografia é tão obsceno como as imagens degradantes das pobres mulheres animalizadas que se apresentam de forma absolutamnte grotesca, como animais de circo para animais na plateia...
rlp

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