O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 28, 2008

A BABEL EM QUE VIVEMOS

O que temos todos à nossa disposição, nós humanos, para nos destinguirmos dos animais irracionais, para desfrutar sem destruir, para nos divertir, para nos projectarmos ou vangloriarmos do valor da nossa raça?

O trabalho, a realização profissional, a Arte a Literatura a Pintura, a Ficção e a Ciência, a Filosofia e a Matemática, as Ciências Humanas e a Prostituição...

Ah! Temos ainda Deuses e Mitos, Psicologia e Sexologia...a História do passado, as guerras e as colónias, as conquistas e a destruição de civilizações, os mortos aos milhares e os heróis...ÍNDIOS E COW-BOYS... e os escravos...
Temos hoje terroristas por todo o lado, nucleáres e voluntários da Paz...temos assassinos e ladrões, ecologistas e génios e juntos todos não servem para nada.

Temos muita conversa, muitos tratados, muitas gravatas, muitos livros e muita sabedoria de papel...prémios nóbeis e manicómios...
muito blá blá blá...bíblias e corões...em todas as línguas!
DIGO A Babel...

Somos todos muito sérios, competentes e temos todos razão. Os jornalistas os polícias e políticos, os futebolistas, os presidentes e ministros, os ciganos e os pretos e toda esta palhaçada humana é levada a sério, ao som do bailinho da Madeira. Todos iguais todos diferentes...

A Televisão é a janela aberta para o mundo da nossa confusão global, da nossa loucura e miséria...da desordem mundial e da fome...

Falar da Alma é pouca coisa...
e realmente não vale a pena evocar a alma quando ela é tão pequena...
ou se calhar verdadeiramente nem a temos...

Mas se falarmos de sexo toda a gente comenta e da ficção científica também...falar dos Portais atiça logo as mentes brilhantes e estamos logo a ver dragões e seres malévolos a estragar este pobre planeta tão ordeiro e pacífico...com armas mortíferas e ódios nunca vistos por aqui...quando as portas do inferno estão todas escancaradas há milénios e agora todos se deliciam com o que espreitam pela janela dos canais televisivos... os efeitos especiais e os fogos de artifícios, o benfica e o sporting e tudo ao murro e à bofetada, o sangue na estrada e no Iraque, mulheres e crianças esfacelas... vinganças e petrólio muros e colonatos...

Ok. Não sou positiva, não sou new age...ando sempre a ver a merda do cão...
Não acredito no segredo nem na fragilidade dos que querem ser "Guerreiros da Luz"...
Guerra é guerra e é sempre a mesma merda...egos e egos... cegos a conduzir cegos e santa ignorância!

Um Portal qualquer para outro mundo daria jeito...
rlp

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é... q curiosa expressão "guerreiros da luz": é como um sorvete servido à mente gulosa do humano, com dois termos que são mesmo para satisfação e engano mental e egoica. Ajuda a quem se empenha na construção da auto-imagem, que é ao que se resume a espiritualidade por aí...
Se calhar era um título que podia agradar à inquisição: guerreiros da luz...se calhar até o usaram...
But...
"Does light know about darkness?", perguntava M. sexta em Madrid. E repetia, pausadamente , a pergunta.
É mais simples: a presença de uma, corresponde à ausencia da outra.Não há guerra nesta historia...
Pobres dos guerreiros , lá se vai o emprego, as espadas a enferrujar, e sonhos melancólicos com a guerra das estrelas...

Lealdade Feminina disse...

Estou ausente...
talvez em outra dimensão...rs...
Mas sempre acho tempo pra vir aqui...
Beijinhos fresquinhos...