(...)
Tu és a primeira forma e matéria,
inteligente matéria que cresce e o espírito modela.
Tu és o ventre sagrado de onde eu vim,
tu és a primeira porta e a chave do meu coração....
Tu és a minha aura
Tu és a primeira forma e matéria,
inteligente matéria que cresce e o espírito modela.
Tu és o ventre sagrado de onde eu vim,
tu és a primeira porta e a chave do meu coração....
Tu és a minha aura
e a glória da minha história
A marca com que nasci.
A marca com que nasci.
O CAMINHO ESPIRITUAL DA MULHER
E aquilo que os espiritualistas new age não querem ver: a MULHER COMO SER INDIVIDUAL e que foi amalgamada ao homem......
(escrito em 2007 - republicando)
Eu sei minhas amigas que por vezes os excertos ou textos que aqui publico parecem nada ter a ver com a Consciência do Feminino Sagrado ou as "causas da mulher", mas a Deusa é a Consciência da Unidade dos Princípios, do Céu e da Terra e o caminho individual do homem ou da mulher é uní-los, é unir os seus dois polos, dentro e fora, é unir os dois Princípios feminino e masculino, é integrar as duas partes que o constituem. E esse é o Caminho da Espiritualidade o caminho do Espírito Uno. Unir o corpo a alma e o espírito.
Eu sei que cada Ser, homem ou mulher tem de SER UNO em si.
A questão principal neste momento é que a Mulher para seguir a via do espírito e da sua unidade, precisa antes de mais unir-se ao seu feminino cindido, deve unir as duas mulheres separadas em dois estereótipos para assim poder unir-se ao seu masculino, tanto dentro como fora...Não se trata tanto de saber que Deusa é e a Deusa que se lhe opõe por conflito com Zeus, o dominador do Olimpo. Isso é uma história de homens e guerras e da usurpação do poder das deusas pelos gregos e romanos. É mais urgente agora essa integração das duas mulheres dentro de cada mulher, cindida na sua natureza humana e divina, ela vai reflectir essa divisão sobre o filho, seja ele homem ou mulher. Os dois perderam a consciência da sua totalidade, porque a mulher perdeu a sua integridade. Mas é a mulher quem mais sofre essa divisão porque a sofre na pele a nível do seu ser mulher e o homem não...
Trata-se agora e é de suma importância reconhecer a cisão que o "cristianismo", digo, a igreja de Roma - e essa é a nossa história actual - impôs à mulher, reprimindo a sua sexualidade e natureza instintiva, a sua intuição e poder pessoal, para a fazer passivamente submeter-se à autoridade religiosa e ao homem e mesmo ao estado, e perpetuar sobre ela as maiores infâmias.
Deste modo, creio que o caminho espiritual da mulher passa imperiosamente pela integração e consciência desse feminino fragmentado, separado e antagonizado secularmente na mãe e na filha, na esposa e na "outra", na imagem da mulher séria e na sua sombra, a mulher "promíscua" - a que tem mais de um homem ou não é casada - a solteira e a divorciada - a prostituta...
Esta consciência não se opõe ao trabalho de evolução espiritual da mulher mas ela precisa de ter consciência que trava uma batalha dentro e fora de si mesma o que torna as coisas mais árduas.
Sem essa Consciência ontológica a mulher pode ousar ser mais do que a sociedade lhe permite, mas adoece e sofre terrivelmente a dor separação de si mesma...
Penso que neste contexto cultural do último século a mulher ainda não se libertou desse estigma e continua a sofrer de múltiplas formas as suas consequências consciente ou inconscientemente. Continua a sentir-se a boa ou a má filha esposa ou mãe...a fada do lar ou a bruxa perseguida... Muitas vezes ela intelectualmente pensa-se liberta de tudo isso mas no íntimo essa fragmentação mata-a pois mina-a o medo ancestral, o complexo de culpa, que a anula na sua vontade e liberdade de ser um Ser Completo, mesmo que se atreva a romper barreiras assumindo as suas duas ou mais Faces da Lua...
rlp
*in mulher incesto
Rosa Leonor Pedro
1 comentário:
Rosa Leonor Pedro no seu melhor... Sim, é isso... e pensamos que já andámos tanto... mas sem consciência não avançamos... Grata, Rosa, pela sua insistência... por não se cansar de nos lembrar que ainda há tanto caminho a percorrer... Um abraço, querida irmã.
Partilhei no face, No Jardim das Hespérides...
Enviar um comentário