O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 24, 2016

PALAVRAS DE OIRO...


"UMA NOVA MODA?": OS CIRCULOS E GRUPOS DE MULHERES

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem. Destaco este comentário de uma leitora,  por ser de uma precisão impressionante e de uma clareza única e rara na sua objectividade. É bom saber que não sou só eu que vejo e que penso assim ...

"Mas isto faz parte da matriz de controlo. Isto é o que sempre tivemos durante séculos com a igreja católica mas com outras vestes, são essas vestes que dão a ilusão de que há algo novo, mas as mulheres continuam a ser manipuladas e anuladas pelo mesmo! Elas falam em poder mas o único poder é o seu, porque todo o seu trabalho é precisamente usar e desempoderar as outras mulheres!


Temos a líder que afirma ter contacto privilegiado com a deusa, com arcanjos ou com seres de outra galáxia, sem nunca ser questionada (!!!). Líder essa que se comporta em público de forma totalmente diferente de como se comporta em privado, em privado é egomaníaca, em público finge falsa modéstia e humildade, etc., rodeada pelas ovelhinhas obedientes iludidas que se encontram no bom caminho. Quando uma das ovelhinhas se tresmalha por algum motivo (por não suportar que mentirosos ensinem sobre a verdade, por exemplo), é ostracizada pelas restantes ovelhinhas. Temos, também, a comunhão em grupo, cerimónia oca e vazia de significado, porque simplesmente não se apropriam cerimónias alheias, e misturam com outras numa mistela bizarra só porque sim, porque "o ser da outra galáxia, ou os "seres de luz" me estão a dizer que sim e portanto vou fazer, e eu é que sei porque fui a escolhida". Temos as mulheres que buscam "algo" e que se deixam enganar pela manipulação e publicidade enganosa dos facebooks e afins... porque tudo isto é fotografado e apresentado publicamente como se fosse algo extraordinário e uma experiência transcendental, tão mágico que tudo é! (Um perfeito engodo!). Temos, portanto, a doutrina inquestionável, o padre ou bispo hipócritas, os acólitos cegos e obedientes, a ilusão de pertença a uma comunidade com a missa e festividades, e a propaganda para as massas!

Daqui fica a tristeza de mais uma vez o padrão se repetir, a tristeza de ver as mulheres a enganarem-se e a serem enganadas e usadas, de ver que a mentira vende e é o que a maioria quer. Numa nota positiva, para algumas de nós fica a consciência de que o caminho definitivamente NÃO É este! Pode-se estar sozinha mas está-se acompanhada pelos valores maiores, esses que não se vendem nem se compram..."


Sónia

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