O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 04, 2021

A GENIAL Olga Tokarczuk, Premio Nobel da Literatura.

 



LEITURAS DE NOVO ANO...


ESTOU A LER um livro genial: "CONDUZ O TEU ARADO SOBRE OS OSSOS DOS MORTOS" de Olga Tokarczuk, Premio Nobel da Literatura. Não paro de ficar surpreendida e tocada por uma escrita genial e verdadeira. Há muito tempo que não lia um livro assim...
Entretanto pequei no novo livro de Isabel Allende, Mulheres da Minha Alma e fiquei completamente desiludida com a falta de profundidade ao deparar-me com textos breves sem alma nenhuma... Que pena - esperava mais da escritora...
Talvez o choque venha do contraste entre ambos os livros! Um de uma intensidade e profundidade incrível e o outro ao nivel de umas cronicas de jornal...

rlp

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