O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 20, 2021

LEITORAS DE LILITH, A MULHER PRIMORDIAL




LEITORAS DO LIVRO - LILITH A MULHER PRIMORDIAL 
de Rosa Leonor Pedro - ed. Zéfiro 

Nos! Mulheres!! Deusas!!!
Não quero igualdade dos géneros, não estou a falar de feminismo! Quero sim, o acordar de todas nós, desabrochar como se fossemos umas flores! Florescer!! 


Sem julgar, nem invejar, nem criticar. Sem desejar o que a outra tem ou deixa de ter! Sem as frases "olha é a vida" ou "todos passam pelo mesmo". Sem as dualidades: de ser boa ou má, santa ou vadia. Sem tentar ver a culpa na outra, sem procurar o ódio de mundo e sociedade patriarcal. Sem divisão de menina, mulher, mãe, esposa! És única, és total, és suficientemente! És MULHER. És a mesma partícula que todos somos – partícula de um Todo. 

Resgatar a nossa coragem e a força de ajudar e de apoiar, de partilhar a história. Criar a "tenda vermelha" em qualquer ocasião, em todas as oportunidades! Não é amar o homem que te salva, não é para servir ao homem que tu nasceste, é teres amor próprio, é honrares te a ti própria, é aceitares te! É começar a ouvir o teu corpo, útero, os ovários! É dares voz a ti própria. É deixar o mundo patriarcal, a racionalidade e a lógica de parte! É viver de intuição, da natureza feminina! É sentir que a tua essência, a tua casa é o teu útero. É nessa partilha que estou a falar. De intimidade, de viver sem medo para partilhar as dúvidas e questões. Sem tabus. Entender e sentir que é na partilha existe a nossa força.

Cada uma de nós está a viver o seu próprio caminho, precisamos lembrar sempre disso e ser por isso mesmo ainda mais bondosa e generosa para com a outra. Vivemos tão esquecidas de quem nos somos que deixamos de ver e olhar para outra mulher com o coração, em vez disso usamos o dedo indicador.
Fala se muito dos círculos femininos, mas até chegar a isso precisamos ainda fazer tanto caminho para dentro de nos mesmas!

Com amor e em amor olha para ti e dentro de ti
Abraça te
Honra te
Aceita te
Um abraço com amor


Iuliia Vinskevych

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