O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 17, 2021

MULHERES QUE LEEM LILITH

 



UMA LEITORA DE LILITH, A MULHER PRIMORDIAL - excerto e foto do livro:

"A mulher não pode continuar  a aceitar essa divisão do seu  ser, passando, alternadamente, da imagem da santa para a imagem da vadia e da puta.

Ela tem de unir as duas mulheres em si e não aceitar mais que o homem e a sociedade olhem para ela como se houvesse duas mulheres e não apenas uma.

Ela não pode continuar a dar o corpo a duas mulheres, como quem muda de vestido, ora sendo a mulher fatal – vestida para matar -  ora sendo a mulher maternal que dá a luz."

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