O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 16, 2023

O MITO DO BOM PAI




"AS MULHERES DESCONHECEM A NOÇÃO DE TERRITÓRIO!
POIS ELAS SÃO O PRÓPRIO TERRITÓRIO!"
M. Queirós


O aspecto invasivo dos homens em "território feminino" como marcação de terreno, em defesa do seu património, um direito quase absoluto à linguagem, sempre que uma mulher ousa afirmar algo ou tem a palavra ou diz alguma coisa seja em que área for ela é imediatamente atacada de forma subtil ou indirectamente em nome da ética e dos costumes ou da boa moral e sempre em defesa do Homem. Seja ele o maior bandido, mas sendo homem está salvo pela confraria! Aliás, correm a defender os homens e acusam as mulheres mas nem sequer se importam com as crianças...
É como diz uma amiga, mulher inteligente que se não deixa enganar pela falácia do masculino e a sua verborreia racional, no fundo em defesa dos seus direitos de macho todo poderoso, alienáveis, fica a mostra mesmo nos mais pacificos e bem intencionados.

E portanto, como ela diz:

"O movimento feminista seria de qualquer forma invadido por homens porque é essa a índole masculina, marcar território. Assiste-se agora não somente a essa invasão como também à tentativa de substituição feminina pelo masculino, desta feita, são os homens que querem ser mulheres e mães, recorrendo a cirurgias que transformam a biologia masculina numa aparência feminina. O caricato disto, usando um único exemplo, é o título de cidadania denominar-se "cartão de cidadão" e as mulheres grávidas serem tratadas por *pessoas gestantes*.
Quanto às mulheres que querem ser mães solteiras, não constituem um grupo de desvio social. O modelo de família monoparental feminino é somente uma escolha que abrevia a instituição do casamento, que nunca foi vínculo de responsabilidade dos homens para com as esposas e filhas ou filhos. Em milénios de História as mulheres sempre se viram sozinhas com as crianças. Primeiro os machos eram caçadores e pastores, depois guerreiros, mais tarde encontraram amantes e outras distrações, e até hoje, as mães divorciadas tratam dos filhos sozinhas, quando muito, com ajuda da família de retaguarda. Os processos em tribunal de mães que pedem, pelo menos, o pagamento de pensão de alimentos para os filhos (dois euros e meio por dia para uma criança), amontoam-se em corredores kafkianos. Os pais estão com os filhos, regra geral, um fim-de-semana por mês; numa boa hipótese, dois fins-de-semana por mês; e, na melhor das perspectivas, todos os fins-de-semana. A guarda partilhada é raríssima. Mesmo no pouco tempo que passam com os pais, a violência parental é muito superior em termos estatísticos, ao tempo que passam com as mães."
(...)
ANANDA KRHISNA LILA

Sem comentários: