LILITH
Sem ti mãe sou uma sombra de mim não sou ninguém.
Vou minguando com a lua e desapareço na noite escura
como louca varrida a praguejar.
Não te ver e tocar converte-me a todo o mal!
Sou a bruxa endemoninhada que anda de vassoura
a rir de escárnio no ar.
Sou o súcubo que cobre o macho perdido nas noites de luar,
sou a megera que devora criancinhas e as rouba às mães para matar...
Sou a serpente alada que deita fogo da boca e incendeia as casas,
a cadela que ladra de raiva....
Lilith que se intromete o casal e o desfaz.
Sou Perséfone perdida nos infernos à tua procura,
no mito de te encontrar!
Senhora, sem ti sou promíscua, infame, venenosa e má!
Rasgo as estrelas do teu manto com unhas escarlate,
uivo como uma loba e sou o vampiro das lendas,
que destrói túmulos e cemitérios
e caça donzelas nos umbrais.
Sem ti, mãe, sou uma sombra de mim não sou ninguém!
E enquanto a tua visão ou aparição não me iluminar,
eu serei apenas a louca varrida, ou, mais tarde,
a velha desgraçada bêbada pelas ruas
a murmurar impropérios
perseguida pela turba ignorante e suja,
apedrejada!
in "Mulher Incesto - Sonata e Prelúdio"
R.Leonor Pedro
Sem ti mãe sou uma sombra de mim não sou ninguém.
Vou minguando com a lua e desapareço na noite escura
como louca varrida a praguejar.
Não te ver e tocar converte-me a todo o mal!
Sou a bruxa endemoninhada que anda de vassoura
a rir de escárnio no ar.
Sou o súcubo que cobre o macho perdido nas noites de luar,
sou a megera que devora criancinhas e as rouba às mães para matar...
Sou a serpente alada que deita fogo da boca e incendeia as casas,
a cadela que ladra de raiva....
Lilith que se intromete o casal e o desfaz.
Sou Perséfone perdida nos infernos à tua procura,
no mito de te encontrar!
Senhora, sem ti sou promíscua, infame, venenosa e má!
Rasgo as estrelas do teu manto com unhas escarlate,
uivo como uma loba e sou o vampiro das lendas,
que destrói túmulos e cemitérios
e caça donzelas nos umbrais.
Sem ti, mãe, sou uma sombra de mim não sou ninguém!
E enquanto a tua visão ou aparição não me iluminar,
eu serei apenas a louca varrida, ou, mais tarde,
a velha desgraçada bêbada pelas ruas
a murmurar impropérios
perseguida pela turba ignorante e suja,
apedrejada!
in "Mulher Incesto - Sonata e Prelúdio"
R.Leonor Pedro
4 comentários:
Muito bonito...
Marian
Terno e aconchegante a imagem da necessidade da mãe...obrigada...uma boa semana e um abraço..:))
Desesperador o apelo....mas assim o é, lamentavelmente...
beijos
Quando não há Mãe não há nada...
rosa leonor
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