“Procurar o Graal que não no coração é recusar a questão essencial.” Jean –Michel Varenne
“Os Seres humanos têm dois lados distintos. O lado direito que abrange pela compreensão tudo o que o intelecto pode conceber. O lado esquerdo que é um domínio que escapa a toda a descrição; um reino impossível de apreender pelas palavras. O lado esquerdo pelo ser abrangido, se é que podemos falar aqui da compreensão, com o corpo inteiro; isso explica a sua resistência a toda a conceptualização”- Carlos Castanheda
“Os Seres humanos têm dois lados distintos. O lado direito que abrange pela compreensão tudo o que o intelecto pode conceber. O lado esquerdo que é um domínio que escapa a toda a descrição; um reino impossível de apreender pelas palavras. O lado esquerdo pelo ser abrangido, se é que podemos falar aqui da compreensão, com o corpo inteiro; isso explica a sua resistência a toda a conceptualização”- Carlos Castanheda
Cada um desses dois lados do ser, ditos distintos por Carlos Castanheda, correspondem aos dois hemisférios do cérebro do ser humano, respectivamente ao hemisfério direito, o lado masculino e portanto o que representa as qualidades intrínsecas do homem, e ao lado esquerdo a que corresponde o lado feminino e portanto representa as qualidades intrínsecas da mulher. Esses dois lados do ser correspondem igualmente aos dois pólos opostos e complementares do cérebro quer ao canal Shushuma, Ida e Pingala, a energia da Kundalini que sobe e desce ao longo da coluna vertebral. Estes dois lados do ser são suposto desenvolverem-se em harmonia para se poderem expressar em simultâneo as faculdades do masculino e do feminino, em cada ser e em perfeita sintonia, o que representa a evolução e realização do Ser integrado, a saber, que sem um dos lados “activo” ou “passivo”, o outro lado não vale nada e este tem sido o problema da Humanidade face ao Conhecimento.
A Obra Alquímica, foi uma das muitas formas de busca dessa unidade superior no equilíbrio da “dupla” natureza do ser humano, assim como da natureza em si, através da união desses dois lados.
A alma está no centro, ela é o fogo que queima as impurezas, a chama que une a essência…e forma a consciência. Sem alma ou essa união interior do ser feminino e masculino que começa dentro e se repercute fora, o homem não é nada; sem a anima o animus torna-se agressivo e agressor e a mulher passiva, vazia e apática…Sem a Mulher essência o homem não conhece a Obra, não conhece o fogo não conhece a Mulher iniciadora.
O alquimista buscava reproduzir todo um processo al-químico até chegar ao encontro consigo mesmo e OBVIAMENTE com a ajuda da Soror Mystica, para assim poder atingir a união e a integração dos princípios ou polaridades, feminino e masculino, anima-animus, que correspondem por sua vez ao yn e yang das tradições orientais - e que representam em si o equilíbrio do Tão - unindo o que está em cima ao que está em baixo, o Céu e a Terra, o espírito e o corpo, o homem e a mulher.
“Temos, pois, nestas duas forças, uma que está tratando de se gastar para chegar a um estado d e equilíbrio enquanto a outra permanece inerte, em potencial á espero do estímulo. A última, a força feminina, poderá ser comparada a uma carga de dinamite, em cujas partículas está concentrada a energia em forma latente; enquanto a primeira, ou força masculina, pode ser comparada a uma chispa eléctrica, ou a um golpe de um martelo que liberta energia latente.
Estas duas forças são as que o esoterista chama de positiva e negativa, masculina e feminina, sendo a força positiva, ou masculina, a estimuladora, e a força negativa a feminina, mercê da sua energia latente, a que realiza o verdadeiro trabalho da criação sob a influência do estimulador masculino, tornando-se imediatamente impotente uma vez esgotada a energia do impulso estimulante. Onde quer que se encontre esta acção ou operação o esoterista considera que a relação sexual está presente, quer se trate do reino mineral, quer se trate do mundo da mente.” (In A filosofia Oculta do Amor e do Matrimónio de Dien Fortune)
Assim, a necessidade do ser humano se unir ao seu outro lado no par amoroso, representa a sede fundamental em cada indivíduo, homem ou mulher, de encontrar o seu oposto complementar. Este era o tema inicial e central de quase todos os livros de busca do Santo Graal, a busca do sagrado feminino perdido ou da Dama. Por esta ter sido sonegada e a sua natureza ter sido adulterada ou dividida, essa busca do par para a consumação das núpcias secretas acabou por se adulterar também, pela imposição da Igreja de negar o feminino e seguir no sentido do ascetismo, ao colocar a Virgem Mãe e imaculada no céu e a Mulher amante no inferno…
O que aconteceu na realidade social e humana em consequência desta divisão e saneamento da mulher, é que para além do seu papel simbólico de soror mystica e enquanto pessoa e não apenas símbolo, foi paulatinamente apagada dos processos iniciáticos e não sabemos ao certo como a própria mulher realiza a Obra ou se, como dizem certos autores, sendo de si e por natureza já iniciada não precisa de cumprir as etapas dos processos…e precisamente por isso foi excluída da Igreja como uma ameaça ao poder do padres…
A Pedra Filosofal foi particularmente procurada pelos alquimistas da Idade Média que viram os seus estudos proibidos e até perseguidos pelos padres da Igreja de Roma, e nos seus registos constatamos a permanente busca da união dos opostos, na união dos dois lados do ser num só SER: do rei e da rainha, do sol e da lua, do dia e da noite, da luz e da sombra, para a consumação da Obra, passando pelas etapas da Obra ao Negro, o Albedo e finalmente a Obra ao Rubro.
Este era um Conhecimento hermético e iniciático que com os tempos se terá perdido e hoje em dia encarado como mera “literatura” ou mito. A partir do momento em que o poder patriarcal e as religiões bárbaras destronaram o Culto da Natureza Mãe foi-se perdendo o poder inato da mulher como sacerdotisa da Deusa e enquanto iniciadora do homem e este acabou também por perder o contacto com o seu lado feminino. Mais tarde as mulheres que ainda exerciam esses poderes através da vidência, da magia ou simplesmente das artes de cura através das plantas, foram perseguidas e queimadas pelas fogueiras da Inquisição; desse modo as mulheres foram ao longo da História, secundarizadas e reduzidas a uma fragilidade e insignificância, como a metade de uma metade e incapazes de cumprir o seu papel na família e na sociedade gerando assim homens e mulheres deformados, diminuídos, cheios de ódio e medo…sem amor verdadeiro.
A Alquimia, como ciência da Alma, deixou de se centrar na Alma para se centrar apenas na Química e assim se separou a alma do corpo…Por essa razão a nossa civilização passou a dar primazia ao lado masculino do ser, ao Homem, desenvolvendo apenas as funções do hemisfério direito: razão, lógica e separação dos dados pela dissecação (em ciência), afasta-se do espírito de síntese e da intuição-revelação que pertencem à partida ao lado feminino do ser. Desse modo, ao tirar à mulher e ao Ser Humano a capacidade de síntese e da emoção mais pura – campo vibracional por excelência - desvalorizaram a percepção extra-sensorial, destituíram as relações dos seres de sentimentos mais profundos e transcendentes, empobreceram toda a vida na Terra e toda a forma de vida animal e humana.
Ao fazer isso as sociedades patriarcais e as suas religiões, baseadas no culto de um deus iracundo, macho e misógino, reduziram o potencial do Homem a metade e além da separação dos sexos, criaram uma disfunção da Natureza que o levou a afastar-se quer da mulher quer da natureza Mãe, anulando o seu feminino interior considerando-o uma fraqueza.
A Obra Alquímica, foi uma das muitas formas de busca dessa unidade superior no equilíbrio da “dupla” natureza do ser humano, assim como da natureza em si, através da união desses dois lados.
A alma está no centro, ela é o fogo que queima as impurezas, a chama que une a essência…e forma a consciência. Sem alma ou essa união interior do ser feminino e masculino que começa dentro e se repercute fora, o homem não é nada; sem a anima o animus torna-se agressivo e agressor e a mulher passiva, vazia e apática…Sem a Mulher essência o homem não conhece a Obra, não conhece o fogo não conhece a Mulher iniciadora.
O alquimista buscava reproduzir todo um processo al-químico até chegar ao encontro consigo mesmo e OBVIAMENTE com a ajuda da Soror Mystica, para assim poder atingir a união e a integração dos princípios ou polaridades, feminino e masculino, anima-animus, que correspondem por sua vez ao yn e yang das tradições orientais - e que representam em si o equilíbrio do Tão - unindo o que está em cima ao que está em baixo, o Céu e a Terra, o espírito e o corpo, o homem e a mulher.
“Temos, pois, nestas duas forças, uma que está tratando de se gastar para chegar a um estado d e equilíbrio enquanto a outra permanece inerte, em potencial á espero do estímulo. A última, a força feminina, poderá ser comparada a uma carga de dinamite, em cujas partículas está concentrada a energia em forma latente; enquanto a primeira, ou força masculina, pode ser comparada a uma chispa eléctrica, ou a um golpe de um martelo que liberta energia latente.
Estas duas forças são as que o esoterista chama de positiva e negativa, masculina e feminina, sendo a força positiva, ou masculina, a estimuladora, e a força negativa a feminina, mercê da sua energia latente, a que realiza o verdadeiro trabalho da criação sob a influência do estimulador masculino, tornando-se imediatamente impotente uma vez esgotada a energia do impulso estimulante. Onde quer que se encontre esta acção ou operação o esoterista considera que a relação sexual está presente, quer se trate do reino mineral, quer se trate do mundo da mente.” (In A filosofia Oculta do Amor e do Matrimónio de Dien Fortune)
Assim, a necessidade do ser humano se unir ao seu outro lado no par amoroso, representa a sede fundamental em cada indivíduo, homem ou mulher, de encontrar o seu oposto complementar. Este era o tema inicial e central de quase todos os livros de busca do Santo Graal, a busca do sagrado feminino perdido ou da Dama. Por esta ter sido sonegada e a sua natureza ter sido adulterada ou dividida, essa busca do par para a consumação das núpcias secretas acabou por se adulterar também, pela imposição da Igreja de negar o feminino e seguir no sentido do ascetismo, ao colocar a Virgem Mãe e imaculada no céu e a Mulher amante no inferno…
O que aconteceu na realidade social e humana em consequência desta divisão e saneamento da mulher, é que para além do seu papel simbólico de soror mystica e enquanto pessoa e não apenas símbolo, foi paulatinamente apagada dos processos iniciáticos e não sabemos ao certo como a própria mulher realiza a Obra ou se, como dizem certos autores, sendo de si e por natureza já iniciada não precisa de cumprir as etapas dos processos…e precisamente por isso foi excluída da Igreja como uma ameaça ao poder do padres…
A Pedra Filosofal foi particularmente procurada pelos alquimistas da Idade Média que viram os seus estudos proibidos e até perseguidos pelos padres da Igreja de Roma, e nos seus registos constatamos a permanente busca da união dos opostos, na união dos dois lados do ser num só SER: do rei e da rainha, do sol e da lua, do dia e da noite, da luz e da sombra, para a consumação da Obra, passando pelas etapas da Obra ao Negro, o Albedo e finalmente a Obra ao Rubro.
Este era um Conhecimento hermético e iniciático que com os tempos se terá perdido e hoje em dia encarado como mera “literatura” ou mito. A partir do momento em que o poder patriarcal e as religiões bárbaras destronaram o Culto da Natureza Mãe foi-se perdendo o poder inato da mulher como sacerdotisa da Deusa e enquanto iniciadora do homem e este acabou também por perder o contacto com o seu lado feminino. Mais tarde as mulheres que ainda exerciam esses poderes através da vidência, da magia ou simplesmente das artes de cura através das plantas, foram perseguidas e queimadas pelas fogueiras da Inquisição; desse modo as mulheres foram ao longo da História, secundarizadas e reduzidas a uma fragilidade e insignificância, como a metade de uma metade e incapazes de cumprir o seu papel na família e na sociedade gerando assim homens e mulheres deformados, diminuídos, cheios de ódio e medo…sem amor verdadeiro.
A Alquimia, como ciência da Alma, deixou de se centrar na Alma para se centrar apenas na Química e assim se separou a alma do corpo…Por essa razão a nossa civilização passou a dar primazia ao lado masculino do ser, ao Homem, desenvolvendo apenas as funções do hemisfério direito: razão, lógica e separação dos dados pela dissecação (em ciência), afasta-se do espírito de síntese e da intuição-revelação que pertencem à partida ao lado feminino do ser. Desse modo, ao tirar à mulher e ao Ser Humano a capacidade de síntese e da emoção mais pura – campo vibracional por excelência - desvalorizaram a percepção extra-sensorial, destituíram as relações dos seres de sentimentos mais profundos e transcendentes, empobreceram toda a vida na Terra e toda a forma de vida animal e humana.
Ao fazer isso as sociedades patriarcais e as suas religiões, baseadas no culto de um deus iracundo, macho e misógino, reduziram o potencial do Homem a metade e além da separação dos sexos, criaram uma disfunção da Natureza que o levou a afastar-se quer da mulher quer da natureza Mãe, anulando o seu feminino interior considerando-o uma fraqueza.
Quando essa união dos dois lados do SER falha, e porque ela é necessária tanto dentro como fora de cada indivíduo, o processo alquímico não se pode realizar e o ser humano não atinge a sua completude. Não abrange a totalidade da sua natureza, nem a totalidade do seu potencial. Não cumpre a sua missão de ser humano integral.
É esta uma das causas da nossa alienação humana e por isso vivemos dentro deste quadro humano de miséria e ignorância em que se destaca a nossa escravização global de ser humano ao materialismo e a destruição paulatina da Terra.
É esta uma das causas da nossa alienação humana e por isso vivemos dentro deste quadro humano de miséria e ignorância em que se destaca a nossa escravização global de ser humano ao materialismo e a destruição paulatina da Terra.
Toda esta falta de conhecimento e respeito pela Mulher e pela Mãe originada nas religiões que dominam o Globo, levou-nos a esta sociedade prepotente, egoísta, consumista, baseada na ganância e na acumulação de riqueza por uns pouco em detrimento das populações do mundo inteiro e geraram um mundo infernal em que o dinheiro e o petróleo são a causa directa das guerras, mortes, destruição e miséria, e por fim, ao mais dramático de todos, o aquecimento Global.
Os homens Não querem ver a América ou a Austrália destruída pelo fogo ou a Europa e as suas cheias ou a Ásia e a África a morrer de fome, nem o resto do planeta assolado por catástrofes cada vez mais violentas! Somos manipulados para não ver…Por isso continuamos todos como carneiros com os nossos carrinhos, preocupados com a gasolina, encerrados em latas de zinco e metal em auto-estradas de alcatrão, aos milhares, como eu vi hoje, lentamente, no meio da maior poluição, na agonia da noite, homens e mulheres, cada um dentro das suas grades, vindos do trabalho forçado para as suas casas ameaçadas pelos bancos…a classe média agonizante, para não falar nos pobres e desempregados sem casa nem comida…nos sem abrigo que proliferam nas cidades e nos assaltos à mão armada constantes…
Esta é a vida civilizada que todos defendemos com unhas e dentes…
Os homens Não querem ver a América ou a Austrália destruída pelo fogo ou a Europa e as suas cheias ou a Ásia e a África a morrer de fome, nem o resto do planeta assolado por catástrofes cada vez mais violentas! Somos manipulados para não ver…Por isso continuamos todos como carneiros com os nossos carrinhos, preocupados com a gasolina, encerrados em latas de zinco e metal em auto-estradas de alcatrão, aos milhares, como eu vi hoje, lentamente, no meio da maior poluição, na agonia da noite, homens e mulheres, cada um dentro das suas grades, vindos do trabalho forçado para as suas casas ameaçadas pelos bancos…a classe média agonizante, para não falar nos pobres e desempregados sem casa nem comida…nos sem abrigo que proliferam nas cidades e nos assaltos à mão armada constantes…
Esta é a vida civilizada que todos defendemos com unhas e dentes…
rlp
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