O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, outubro 23, 2009

COMO PENSAM OS HOMENS E AS MULHERES...


Perguntei-lhe por que eu sempre via o molde do homem como masculino. Disse que era porque meu ponto de aglutinação não tinha, então, a estabilidade para permanecer completamente colado à sua nova posição, e deslizava lateralmente na faixa do homem. Era o mesmo caso de ver a barreira da percepção como uma parede de névoa. O que fazia o ponto de aglutinação deslocar-se lateralmente era um desejo ou necessidade quase inevitável de traduzir o incompreensível em termos familiares: uma barreira é uma parede, e o molde do homem só pode ser um homem. Ele achava que, se eu fosse uma mulher, iria ver o molde como uma mulher.

*(...)
D. Juan - Carlos Castanheda in fogo interior


Como mulher, eu tinha a obrigação ainda maior de cumprir esta condição.

As mulheres, de maneira geral, são condicionadas desde a infância a depender de membros do sexo masculino de nossa sociedade para conceptualizar e iniciar as mudanças. Os feiticeiros, a cujo treinamento me submeti, tinham opiniões bastante definidas a este respeito. Consideravam indispensável que as mulheres desenvolvessem seu intelecto e ampliassem sua capacidade de análise e abstração, a fim de obterem uma melhor compreensão do mundo à sua volta.

Taisha Abelar, Travessia das Feiticeiras, download AQUI!

In Pista do Caminho

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