O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, outubro 08, 2009

O QUE É A ALMA?

A ALMA DA MULHER...
(...)

Hoje na sociedade faltam pontos de referência masculinos e femininos.
Acredito simplesmente que não é a mulher que não encontra seu posto na sociedade, mas que todos os valores estão mesclados. Há muitos elementos confusos o bastante para que nem sequer os homens encontrem seu próprio papel na sociedade... e não o encontram tampouco os jovens, nem as crianças, nem os idosos; mais além do fato de serem homens ou mulheres, hoje é muito difícil encontrar valores dignos e poder situar-se de maneira justa dentro da sociedade. Não creio que esta confusão seja igualdade; essa outra igualdade que buscamos está em elementos bastante profundos.
Hoje se fala de feminismo e interpreta-se geralmente o dia da mulher ou as lutas da mulher como movimentos feministas. O que são estes movimentos feministas, cheios de boas intenções, indubitavelmente? São movimentos de reivindicações, de pedir mais e mais coisas para uma mulher que se tem visto relegada durante muitíssimo tempo a um segundo plano, a um plano de dependência. Se há um homem que a proteja, quer seja seu marido ou seu filho, tudo vai bem, mas se não há um homem ao seu redor, ela “não é”. E se não há alguém que a mantenha, ela “não é”; ante esta situação, logicamente, há reivindicações para que a mulher queira ser como os homens, reivindicações que se transformam quase em revanchismos, em autênticas batalhas. Há um feminismo que é um antimachismo, e se trata de ver quem faz mais, quem enche mais páginas de jornais e revistas, quem pode chamar mais atenção. Do meu ponto de vista, estas são batalhas que, por mais movimentos feministas que se lancem ao mundo, estão perdidas de antemão: são conquistas instáveis, porque dependem de pontos de vista que hoje existem e amanhã não. A verdadeira conquista da mulher reside em descobrir sua própria Alma. Se houvesse um movimento reivindicatório para abrir caminho para a Alma da mulher – com o qual também se definiria a Alma do Homem – é possível que todas estas concorrências desaparecessem. E não é questão de ver se as mulheres podem fazer os mesmos trabalhos que o homem, pois não acreditamos que haja trabalhos próprios de uns ou de outros. Vem-se demonstrando claramente que todos podemos fazer mais ou menos o mesmo e mais ou menos bem. Não há monopólios de trabalho; o que há são enfoques diferentes, ainda que se faça o mesmo. Enfoca-se com distintos sentimentos, com distintas idéias, porque é a Alma o que leva a enfocar as coisas de outra maneira. Isso nos leva a perguntar o que é a Alma. Não vou defini-la do ponto de vista religioso-teológico, mas psicológico: a alma é a autêntica entidade, o autêntico ser interior; é essa energia que pode apoiar-se no material mas que tem a capacidade de elevar-se até o superior, até o metafísico, até os grandes sonhos, até os grandes ideais. Na Alma da mulher, na Alma do homem, existem matizes não de diferença, mas de complemento, que poderiam conjugar-se perfeitamente e não se opor. Creio que na Alma de toda mulher há algo de homem e na Alma de todo homem há algo de mulher. Em linhas gerais, a Alma do homem tende notavelmente para a ação exterior; a mulher é naturalmente muito mais introvertida. A Alma do homem busca o crescimento, o desenvolvimento, a expansão das coisas; a mulher busca conservar as coisas, assentá-las, guardá-las. A Alma do homem é impulsiva; a Alma da mulher é conservadora. O homem se lança à criatividade; a mulher busca a praticidade das coisas; isto não significa que ela não seja criativa, mas sim que sempre perguntará: para quê? O homem se lança atrás das idéias, a mulher atrás das intuições... Seria estupendo poder conjugar a Alma do homem e da mulher, porque então teríamos ação e introspecção, crescimento e manutenção do que cresce. Teríamos impulso e ao mesmo tempo proteção deste impulso; teríamos criatividade, mas buscaríamos a praticidade do que se cria. Teríamos idéias apoiadas por intuições. No entanto, a coisa não é assim, não se tem conquistado essa conjugação, eliminando a competição e obtendo o acordo, o trabalho comum, compreendendo que homens e mulheres são absolutamente necessários porque ambos formam parte da Humanidade.
(...)
Excerto de artigo copiado de janela da alma
Ler na íntegra em:
http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/

2 comentários:

Anónimo disse...

O texto é muito bom mas discordo um pouco, pra mim Alma não tem sexo ou gênero, a Alma é inteira, plena, harmoniosa, equilibrada...


nana

8D

Anónimo disse...

Sem dúvida, a alma está para além de qualquer definição, é uma dimensão do ser, parte do ser e para lá da persona que somos. É a verdadeira identidade quando passamos a barreira do ego. Mas pode falar-se da alma feminina...no sentido em que a mulher tem uma responsabilidade acrescida de ser a Anima, a parte feminina do mundo...mas também nos podemos perderm em mil conceitos e ideias. Fico por isso na ideia simples de que a alma é a nossa essência.
Quanto ao texto tem por vezes umas ideias boas ou uma visão interessante mas com que eu não concordo totalmente...

é assim com tudo...

um abraço

rosa leonor