REALIZAÇÃO INTERIOR E TRABALHO
"A alma em nós se desenvolve através da vida e de trabalhos."
(Sri Aurobindo, Revista Ananda, Caderno Especial II, abril de 1974, página 13.)
"Para a descoberta interior o trabalho, mesmo manual, é uma coisa indispensável. Se não se trabalha, se não se coloca sua consciência na matéria, ela não se desenvolverá jamais. Deixar a consciência organizar um pouco de matéria através de seu corpo é muito bom. Pôr ordem ao redor de si ajuda a pôr ordem em si."
(Mira Alfassa, "A Mãe", Revista Ananda, Caderno Especial II, abril de 1974, página 13.)
"Incluir a consciência exterior na transformação é de suprema importância - meditação não pode fazer tudo. Meditação pode apenas lidar com o ser interior. Assim, trabalho é de importância primeira - só que ele deve ser feito com a atitude certa e na consciência certa, então ele é tão frutífero como qualquer meditação pode ser."
(Sri Aurobindo, Revista Ananda, Caderno Especial II, abril de 1974, página 13.)
"Pois a meditação, a contemplação, a União, isto é o resultado obtido, a flor que desabrocha; enquanto a actividade quotidiana é a bigorna sobre a qual se deve passar e repassar todos os elementos a fim de que eles sejam amaciados, purificados, refinados, tornados maduros para a iluminação que lhes é dada pela contemplação. É preciso que todos estes elementos, uns após os outros, sejam assim passados no cadinho, antes que a actividade exterior deixe de ser uma necessidade para o desenvolvimento integral."
(Mira Alfassa, "A Mãe", Revista Ananda, Caderno Especial II, abril de 1974, página 14.)
"Para aquietar a mente e ter a experiência espiritual é necessário, primeiro, purificar e preparar a natureza. Isto leva às vezes muitos anos. Trabalho feito com a atitude certa é o meio mais fácil para isto - quer dizer, trabalho feito sem desejo ou ego, rejeitando todos os movimentos do desejo, ambição ou ego quando vêm, feito como uma oferenda."
(Sri Aurobindo, Revista Ananda, Caderno Especial II, abril de 1974, página 14.)
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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