Nosso sonho morreu.
Devagarinho,
Rezemos uma prece doce e triste
Por alma desse sonho!
Vá… baixinho…
Por esse sonho, amor, que não existe!
Vamos encher-lhe o seu caixão dolente
De roxas violetas; triste cor!
Triste como ele, nascido ao sol poente,
O nosso sonho… ai!… reza baixo… amor…
Foste tu que o mataste!
E foi sorrindo,
Foi sorrindo e cantando alegremente,
Que tu mataste o nosso sonho lindo!
Nosso sonho morreu…
Reza mansinho…
Ai, talvez que rezando, docemente,
O nosso sonho acorde… mais baixinho…
Florbela Espanca
UMA NOTA DISSONANTE...
Um poema impensável, estranho, talvez trágico, romântico e que já nada tem a ver com a realidade deste tempo...Há poemas eternos...creio, mas este é o poema da ilusão máxima do ser humano, da mulher principalmente, e do qual estamos cada vez mais longe...tanto homens como mulheres.
Ninguém mata o amor...porque este tipo de amor nasce já morto...porque é sempre projecção da fantasia de alguém acerca de outra pessoa - esta quimera que está quase a morrer face a uma nova era e a uma nova consciência do SER MULHER, é deveras estranho, embora o amor como um vírus seja sempre susceptivel de se propagar...
Rezemos pois..."uma prece doce e triste por alma desse sonho! Vá… baixinho… Por esse sonho, amor, que não existe!" (O que nos mostra que a poetisa já sabia do "crime"... )
rlp
UMA NOTA DISSONANTE...
Um poema impensável, estranho, talvez trágico, romântico e que já nada tem a ver com a realidade deste tempo...Há poemas eternos...creio, mas este é o poema da ilusão máxima do ser humano, da mulher principalmente, e do qual estamos cada vez mais longe...tanto homens como mulheres.
Ninguém mata o amor...porque este tipo de amor nasce já morto...porque é sempre projecção da fantasia de alguém acerca de outra pessoa - esta quimera que está quase a morrer face a uma nova era e a uma nova consciência do SER MULHER, é deveras estranho, embora o amor como um vírus seja sempre susceptivel de se propagar...
Rezemos pois..."uma prece doce e triste por alma desse sonho! Vá… baixinho… Por esse sonho, amor, que não existe!" (O que nos mostra que a poetisa já sabia do "crime"... )
rlp
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