FOI ESQUECER UM IMPERATIVO BIOLOGICO E CEREBRAL...
Feminista ou não, a Mulher social ou "culta" dos nossos dias, quer queiramos ou não admiti-lo, continua mais ou menos dominada pelos conceitos e preconceitos atávicos, sem vontade própria, digo vontade do útero, tal como foi anulada na sua natureza ctónica e sujeita à vontade do homem durante séculos; ainda hoje ela não se destacou inteiramente dessa subordinação de forma consciente e lúcida e mantém inconscientemente a mesma subordinação às autoridades vigentes, à educação, cultura ou a arte, e independentemente das leis mudarem essa subjugação persiste de mil formas subliminares, dentro da ordem patriarcal, sejam elas quais forem; e ainda que muitas mulheres se julguem na aparência “modernas” e libertas - despem-se à vontade, fornicam à vontade, fumam à vontade…e claro separam-se a vontade e divorciam-se - mas elas inserem-se na mesma sociedade machista e falocêntrica, coagidas e ostracizadas e pior ainda agindo em prol dela, na passerelle ou no strip-tease - muitas vezes apenas mascarada de uma FALSA integração social e política -, usando o mesmo discurso masculino e os seus valores de dominação, o Homem. Se não é assim na politica ou na cena social, é ainda assim em grupos restritos e supostamente espirituais, em que a mesma mentalidade subsiste e as mulheres acabam sempre por obedecer aos padrões impostos pelo Pai e em nome do Pai. Elas continuam a ser as mulheres de…ou as filhas de …ou mães de…senão…são…put… ah! podem até ser escritoras de sucesso...e ter muitos amantes de ficção...ou na realidade...mas são sempre objectos sexuais ou donas de casa de mala vermelha...ou mais recentemente da tenda vermelha! Vai tudo dar ao mesmo PORQUE NÃO CONSCIÊNCIA DA CISÃO NA MULHER...
Na prática elas continuam sujeitas ao Sistema patriarcal, como é óbvio, sujeitas à sua manipulação política e familiar e os seus problemas, são resumidos e reduzidos a esses núcleos, aos filhos, às creches, à cozinha e à casa e decoração, à legalidade (ou não) do aborto, ou à legalização da prostituição, dedicadas ao voluntariado, e outras causas "Nobres" ou a um outro qualquer problema de inserção social, acesso a cargos de chefia, paridade, os mesmos salários etc. e que são apenas os aspectos da sua dependência do Homem, vivendo como suas subalternas e ao serviço do patriarcado, sujeitas aos critérios de julgamento de padres, políticos e magistrados, sem qualquer consciência do seu feminino profundo e ontológico, nem da sua verdadeira individualidade…elas bem querem simular uma liberdade, mas o preço que pagam pela sua mentira é o cancro e a depressão...
rlp
COMENTÁRIO DE UMA LEITORA...
- Sim, é isso que acontece. As mulheres buscam aceitação e inserção em um mundo masculino. Tentam se adaptar ao máximo para se integrar e obter validação. Mas ao mesmo tempo acabam se delapidando para poder se encaixar aos moldes que a sociedade oferece.
Pensando e observando essa sociedade me parece que isso é um erro. Não podemos nos encaixar em formato de mundo que não nos representa. Só poderemos expressar nossa verdadeira natureza, identidade criando um mundo que seja o reflexo de nosso interior.
A mudança talvez comece observando as nós mesmas, sentindo e compreendendo o nosso pulsar, nosso fluir. Compreendendo que ele é diferente do mundo que vivemos. Então buscar nos reconectar à esses mistérios mais profundos, ao que nos representa em totalidade e plenitude. (leitora anónima)
-Agradeço as suas palavras que ilustram perfeitamente o texto e são um testemunho de uma compreensão que as mulheres se negam a ter da situação que hoje vivem. Muito obrigada por ter esa consciência e partilhar a sua opinião!
1 comentário:
Sim, é isso que acontece. As mulheres buscam aceitação e inserção em um mundo masculino. Tentam se adaptar ao máximo para se integrar e obter validação. Mas ao mesmo tempo acabam se dilapidando para poder se encaixar aos moldes que a sociedade oferece.
Pensando e observando essa sociedade me parece que isso é um erro. Não podemos nos encaixar em formato de mundo que não nos representa. Só poderemos expressar nossa verdadeira natureza, identidade criando um mundo que seja o reflexo de nosso interior.
A mudança talvez comece observando as nós mesmas, sentindo e compreendendo o nosso pulsar, nosso fluir. Compreendendo que ele é diferente do mundo que vivemos. Então buscar nos reconectar à esses mistérios mais profundos, ao que nos representa em totalidade e plenitude.
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