O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 11, 2019

A CULTURA E A ARTE...




A PROPÓSITO DA RIVALIDADE ENTRE MULHERES

"... elas são todas tão feias que repelem e odeiam todas as mulheres (bonitas). Sabe que são as mulheres as mais virulentas misóginas aqui? As mulheres, meus caros senhores, (...) nunca experimentaram maior odio em relação a si mesmas do que o das outras mulheres face ao seu próprio sexo. Porque é que pensa que elas se esforçam de nos seduzir? Unicamente para desafiar e humilhar as suas iguais. Deus inculcou no seu coração o ódio das outras mulheres porque ele queria que o género humano se multiplicasse." *

*Milan Kundera - La Valse aux adieux



Isto não é apenas o que pensam os homens da literatura, da cultura e das religiões...isto é infelizmente uma realidade vivida entre as mulheres de hoje, igual a sempre, apenas com a diferença de ser muito bem camuflada de boas intenções e teorias e credos e ideologias…
Sim, lamentavelmente as mulheres não resistem a agredir nem a atirar a primeira pedra a outra mulher, as vezes até em defesa das mulheres, mas sobretudo acerca da suas ideias se são diferentes, e isto porque querem contrariar a verdade de que fogem e porque querem continuar a camuflar esses sentimentos atávicos e com que se enganam a si mesmas.

Como NÃO SINTO ESSA RIVALIDADE nem sinto qualquer antagonismo com as mulheres realço aquilo que vejo nos espaços de comunicação e de interajuda… o que é uma contradição. Falar disto, ou apontar os factos menos agradáveis, deixa as mulheres irritadas e revoltadas comigo, nessa altura atacam-me… mesmo não me conhecendo. 
Falo dessa rivalidade porque estou empenhada numa Consciência psicológica e numa inteireza de ser mulher e não porque quero apontar apenas defeitos ou qualidades. Falo desse antagonismo porque vejo que ele impede uma verdadeira união das mulheres e mina a confiança entre si e porque é um enorme obstáculo a uma verdadeira sororidade...

rlp  

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