O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, maio 23, 2019

UMA PUTA NUNCA É MENINA



FAZER A APOLOGIA E A DEFESA DA PROSTITUIÇÃO,
já é ser doente, é de um Sistema podre!


"AS PUTAS SÃO SINCERAS…"

- Só a Vida é Verdadeira, ou só a Vida é sincera, para o caso serve.
Dizer que as putas são sinceras é apenas um cliché, é estar a abismos de distância da historia real de cada puta, que é sempre uma historia de dor, mas duma dor que nenhum homem conhece ou pode conhecer, mesmo os que se prostituem, porque a natureza deles é outra.
Dizer que as putas são sinceras é não saber, nem QUERER SABER, nada do que se passa com cada uma delas, apenas querer usá-las.
Nem que seja com os olhos.
Quando os homens se deitam com uma mulher e lhe chamam puta ou derivados, eles não estão com aquela mulher, não estão unindo-se com aquela mulher, estão a obrigá-la a identificar-se com uma imagem, uma personagem, que a sua histeria (dos homens) fabricou.
Nunca uma mulher consagrada ao eros divino, que as há, por aí, levaria a que um homem lhe chamasse isso.
Para se poder deitar com ela, e banhar-se noutro nível de prazer, ele teria largado há muito, essas toscas imagens, mecanicamente herdadas.
É que têm uma historia , ou muitas historias, tão tristes, por detrás.
UMA PUTA NUNCA É MENINA:
Ela perdeu para sempre o contacto com essa menina que em si existiu, mesmo que às vezes tenha de fingir esse disfarce.
Para ser puta, a menina morreu.
Ela carrega uma criança morta dentro de si.
A "menina puta" ou as "putas que são sinceras" são imagens-recurso de um estado doente.
De quem, da mulher, nada toca e por nada , da mulher, verdadeiramente é tocado.
AS PUTAS SÃO SINCERAS?!
São escravas de um sistema.
Um terrível desrespeito a uma essência divina.
Um sacrilégio produzido por uma sociedade doente.
C. S.

republicando
in, Mulheres e Deusas

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