A MULHER É MULHER E NASCE MULHER
"O FEMINISMO pos-moderno esquece tudo aquilo que as feministas anteriores estudaram e em vez de criticarem os instrumentos de opressão, elas os reclamam; o género, a prostituição, a pornografia, a família etc. É um feminismo criado pelas massas que não busca abolir a opressão."(Chiara)
A Opressão das mulher no mundo inteiro continua a mesma de 30 ou 40 anos porque ela é endémica ao Sistema e todos os homens, (salvo raríssimas excepções), mesmo os homens mais "evoluídos" e arautos da Espiritualidade, grandes mestres, mentores menores, todos eles usam e abusam das mulheres em todas a linhas e em todos os Países, mesmo os mais civilizados onde esse abuso é camuflado de religião de arte e de terapias ou de qualquer outro método ou meio.
O drama das mulheres é não perceberem antes de tudo que o seu problema começa na sua falta de identidade - é elas não saberem quem são e de terem vivido ao longo de dezenas de anos completamente sujeitas ao patriarcado em todas as frentes: seja na família, o Pai seja o marido e o filho e o padre ou mentor e por isso façam o que fizerem, são abusadas e usadas a força ou de "livre vontade", persuadidas pelo predador: o sue mentor chefe líder ou terapeuta...
As mulheres antagonizadas com as outras mulheres a começar com a própria mãe (megera) negam-na e escolhem o "pai bondoso" que as proteja e assim vivem a vida inteira a meter-se na boca do lobo...
Para mim o grande mal da mulher, continua a ser a sua divisão interior sem que ela perceba o que se passa e vive vazia de si e em busca de se preencher em tudo fora dela e não busca a sua verdadeira identidade feminina, a sua matriz, da qual se alienou completamente contribuindo assim - nomeadamente as feministas - para a sua opressão e através da supressão do seu eu natural e profundo, desligada que estão da sua natureza instintiva e ontológica, perdidas em pensamentos existencialistas e presas no ego do homem elas vivem em defesa dos conceitos de feminilidade que não são mais do estereótipos aberrantes de si próprias e de seres híbridos, transformistas, que hoje se dizem mulheres.
(RLP)
O MUNDO QUE QUEREMOS É NA TERRA
..."A reivindicação da condição da mulher é a reivindicação de um outro mundo. Por isso a mãe, a maternidade, a mutterlich e a Muttertum são incompatíveis com a família e com o trabalho assalariado; nós, as mulheres, somos, na verdade incompatíveis com ela, com o Estado e com o Capital. Somos o real-impossível.
Quando formos capazes de ver o que foi destruído dentro de nós mesmas, a nossa sexualidade que perdemos, e por outro lado o vazio, essa falta interior, o sofrimento que a nossa anulação desencadeia, seremos a maior força revolucionária jamais vista ou imaginada, impulsionadas por um caudal infinito de energia libidinal liberta."
(in REFLEXIONES SOBRE LA VIOLENCIA INTERIORIZADA EN LAS MUJERES)
Casilda Rodrigáñez Bustos.
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