O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 06, 2019

O FEMINISMO CADA VEZ MAIS LONGE DA IDENTIDADE MULHER




A MULHER É MULHER E NASCE MULHER

"O FEMINISMO pos-moderno esquece tudo aquilo que as feministas anteriores estudaram e em vez de criticarem os instrumentos de opressão, elas os reclamam; o género, a prostituição, a pornografia, a família etc. É um feminismo criado pelas massas que não busca abolir a opressão."(Chiara)

A Opressão das mulher no mundo inteiro continua a mesma de 30 ou 40 anos porque ela é endémica ao Sistema e todos os homens, (salvo raríssimas excepções), mesmo os homens mais "evoluídos" e arautos da Espiritualidade, grandes mestres, mentores menores, todos eles usam e abusam das mulheres em todas a linhas e em todos os Países, mesmo os mais civilizados onde esse abuso é camuflado de religião de arte e de terapias ou de qualquer outro método ou meio. 
O drama das mulheres é não perceberem antes de tudo que o seu problema começa na sua falta de identidade - é elas não saberem quem são e de terem vivido ao longo de dezenas de anos completamente sujeitas ao patriarcado em todas as frentes: seja na família, o Pai seja o marido e o filho e o padre ou mentor e por isso façam o que fizerem, são abusadas e usadas a força ou de "livre vontade", persuadidas pelo predador: o sue mentor chefe líder ou terapeuta... 
As mulheres antagonizadas com as outras mulheres a começar com a própria mãe (megera) negam-na e escolhem o "pai bondoso" que as proteja e assim vivem a vida inteira a meter-se na boca do lobo... 

Para mim o grande mal da mulher, continua a ser a sua divisão interior sem que ela perceba o que se passa e vive vazia de si e em  busca de se preencher em tudo fora dela e  não busca a sua verdadeira identidade feminina, a sua matriz,  da qual se alienou completamente contribuindo assim - nomeadamente as feministas - para a sua opressão e através da supressão do seu eu natural e profundo, desligada que estão da sua natureza instintiva e ontológica, perdidas em pensamentos existencialistas e presas no ego do homem elas vivem em defesa dos conceitos de feminilidade que não são mais do estereótipos aberrantes de si próprias e de seres híbridos, transformistas, que hoje se dizem mulheres. 

(RLP)


O MUNDO QUE QUEREMOS É NA TERRA

..."A reivindicação da condição da mulher é a reivindicação de um outro mundo. Por isso a mãe, a maternidade, a mutterlich e a Muttertum são incompatíveis com a família e com o trabalho assalariado; nós, as mulheres, somos, na verdade incompatíveis com ela, com o Estado e com o Capital. Somos o real-impossível.
Quando formos capazes de ver o que foi destruído dentro de nós mesmas, a nossa sexualidade que perdemos, e por outro lado o vazio, essa falta interior, o sofrimento que a nossa anulação desencadeia, seremos a maior força revolucionária jamais vista ou imaginada, impulsionadas por um caudal infinito de energia libidinal liberta."


(in REFLEXIONES SOBRE LA VIOLENCIA INTERIORIZADA EN LAS MUJERES)
Casilda Rodrigáñez Bustos.

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