UM MUNDO NOVO (não o será sem a Mãe e a Mulher em primeiro plano…)
"(...) línguas de fogo varrerão a terra e nas chamas se consumirão capitalismos, socialismos, hierarquias e o século, partidos e autocratas; escolas, com eles irão, de jardins de infância às universidades, que são uma espécie de jardim de infância dos velhos; o que esperamos que surja é o lugar único de educação e de vida, para adultos e para crianças, em que o criar vá muito além do saber e lhe seja este puro servo, em que se procure sobretudo averiguar do que se não sabe, n...ão do que já se conhece, em que o jogar se encontre com o trabalho, em que a liberdade crie sua própria disciplina e em que o contemplar domine o agir, e em que o adorar se sobreponha ao poder; que das máquinas de fabricar adultos nem as ruínas sobrem; que a criança cresça harmoniosamente e livremente, sem as deformações que lhe infligimos para que funcione, e raras vezes funciona, na vida que lhe fabricámos; que seja perfeita, na perfeição de suas conscientes intenções, não na perfeição do modelo que lhe demos; que a deixemos, pela liberdade e o amor, ser perfeita como nosso Pai (MÃE) é perfeit@; eis, de longe vindos, o conselho e a ordem"
~ Agostinho da Silva, “Ecúmena” [1964], in Textos e Ensaios Filosóficos II, pp. 203-204.
"Como podemos dar forma a um futuro se a base do amor se encontrar perturbada?
Se os melhores de entre os nossos filhos se opuserem aos adultos, cheios de indi...gnação, já que estes não querem ver como destroem o ambiente, e se não fizeram seu o amor?
Se os melhores de entre os nossos filhos se opuserem aos adultos, cheios de indi...gnação, já que estes não querem ver como destroem o ambiente, e se não fizeram seu o amor?
A nossa esperança são as mães.
Por conseguinte tem de ser dada às mulheres a possibilidade de deixarem de ser consideradas propriedade do homem, a fim de incentivar o que houver vivo nos seus filhos e na vida.
Dizer isto não quer dizer que a própria maternidade deveria ser transformada num fim obrigatório.
É esse o problema.
Estamos programados pela nossa sociedade de tal forma que a “bondade” se transforma numa parte de toda essa loucura.
É que somos sugestionados no sentido de que a bondade é um fim em si, e assim uma boa mãe transforma-se na expressão da mitologia masculina do sucesso.
Se alguém quiser ser uma boa mãe por esta razão isso equivale a venerar o mito masculino sem disso ter consciência. Passa a ser este a determinar o valor de uma mulher, e não os objectivos autênticos dela.
Parir tornou-se um êxito.
A destrutividade da cultura dominada pelo Homem infiltra-se em tudo o que seja vivo.
...E assim as vítimas firmam um acordo com quem as destrói. E as mulheres que interiorizam desta forma o mundo masculino, embora sejam suas vítimas, ainda podem ter efeitos mais destrutivos que muitos desses homens, já que transmitem a ideologia masculina sob a capa da feminilidade.”
(…)
In, FALSOS DEUSES de ARNO GRUEN
Por conseguinte tem de ser dada às mulheres a possibilidade de deixarem de ser consideradas propriedade do homem, a fim de incentivar o que houver vivo nos seus filhos e na vida.
Dizer isto não quer dizer que a própria maternidade deveria ser transformada num fim obrigatório.
É esse o problema.
Estamos programados pela nossa sociedade de tal forma que a “bondade” se transforma numa parte de toda essa loucura.
É que somos sugestionados no sentido de que a bondade é um fim em si, e assim uma boa mãe transforma-se na expressão da mitologia masculina do sucesso.
Se alguém quiser ser uma boa mãe por esta razão isso equivale a venerar o mito masculino sem disso ter consciência. Passa a ser este a determinar o valor de uma mulher, e não os objectivos autênticos dela.
Parir tornou-se um êxito.
A destrutividade da cultura dominada pelo Homem infiltra-se em tudo o que seja vivo.
...E assim as vítimas firmam um acordo com quem as destrói. E as mulheres que interiorizam desta forma o mundo masculino, embora sejam suas vítimas, ainda podem ter efeitos mais destrutivos que muitos desses homens, já que transmitem a ideologia masculina sob a capa da feminilidade.”
(…)
In, FALSOS DEUSES de ARNO GRUEN
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