ELA É essa Mulher oculta na mulher, essa mulher tantas vezes adivinhada, pressentida, que a sociedade não permitiu ser, que não permitiu essa mulher expandir-se. A mulher amante da Natureza, a Mulher amante de si mesma, a mulher amante dos animais, a mulher amante, mas que também é adivinha, que é profetisa, que é feiticeira, que é curandeira e parteira, que foi esmagada e queimada nas fogueiras.
...
Essa é a mulher integral, a mulher que todas as mulheres de hoje têm de resgatar, ligando-se de novo às forças ctónicas e telúricas da Terra e fazer a ponte com a mulher psíquica de hoje, a mulher culta, a que estudou e usa também o intelecto e a mente.
A mulher não se pode voltar a perder agora, caminhando no sentido oposto ou contrário da mulher moderna... nem pode negar as suas conquistas no mundo moderno de hoje. Ela tem de ir ao seu passado e resgatar esse poder e essa memória de que foi privada e resgatar a herança das suas ancestrais. Mas ela não pode nem deve ficar presa num mundo que já não é a nossa realidade, como eu vejo tantas mulheres começarem a fazer... ao se virarem exclusivamente para rituais e práticas que as afastam da sociedade e desta realidade.
A minha mensagem - se há uma mensagem nas minhas palavras - é para que a mulher se complete e não que se subtraia, para que a mulher de hoje possa sentir essa mulher atávica que nela dorme, que ela foi outrora, mas sem abandonar o lugar na sociedade onde conquistou um lugar ou não.
Isto não quer dizer que sirva o Sistema, que não esteja consciente de como o Sistema a escravizou; mas, enquanto estiver nele inserida, tem de ser uma mulher deste mundo, e não apenas do passado, para assim poder fazer essa ponte e passar essa experiência da mulher ctónica que tanto faz falta às mulheres mundanas, completamente alienadas de si e desse eterno feminino, dar um exemplo a essas mulheres modernas que se creem emancipadas, mas que esqueceram por completo quem foram e um passado de mulheres livres, verdadeiramente mulheres em todo o sentido da palavra...
E não basta juntarmo-nos em grupos fechados e ficarmos felizes porque estamos a evocar a Deusa ou a sua ancestralidade, esquecendo o presente e sem nos voltarmos para a vida real e àquilo que nos rodeia, e perdermos todo o bom senso.
Acredito que a mulher do futuro é a mulher moderna que recuperou a sua ancestralidade e fez a fusão das duas mulheres divididas em si e integra a consciência do passado com a consciência psicológica do seu presente e tudo o que descobriu e viveu ao longo da sua vida e da sua experiência humana.
É muito importante a mulher não se ficar pela imitação de deusas e sacerdotisas ou xamãs e fazer desses modelos apenas um 'modus vivendi'... ou se tornarem as vendidas do Templo... ou as prostitutas sagradas... comercializando o que devia ser apenas livre e CONSAGRADO À DEUSA E À MÃE de alma e coração. Sem especulações, sem mercados...
Rosa Leonor Pedro, in "Mulheres e Deusas Blogue".
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Essa é a mulher integral, a mulher que todas as mulheres de hoje têm de resgatar, ligando-se de novo às forças ctónicas e telúricas da Terra e fazer a ponte com a mulher psíquica de hoje, a mulher culta, a que estudou e usa também o intelecto e a mente.
A mulher não se pode voltar a perder agora, caminhando no sentido oposto ou contrário da mulher moderna... nem pode negar as suas conquistas no mundo moderno de hoje. Ela tem de ir ao seu passado e resgatar esse poder e essa memória de que foi privada e resgatar a herança das suas ancestrais. Mas ela não pode nem deve ficar presa num mundo que já não é a nossa realidade, como eu vejo tantas mulheres começarem a fazer... ao se virarem exclusivamente para rituais e práticas que as afastam da sociedade e desta realidade.
A minha mensagem - se há uma mensagem nas minhas palavras - é para que a mulher se complete e não que se subtraia, para que a mulher de hoje possa sentir essa mulher atávica que nela dorme, que ela foi outrora, mas sem abandonar o lugar na sociedade onde conquistou um lugar ou não.
Isto não quer dizer que sirva o Sistema, que não esteja consciente de como o Sistema a escravizou; mas, enquanto estiver nele inserida, tem de ser uma mulher deste mundo, e não apenas do passado, para assim poder fazer essa ponte e passar essa experiência da mulher ctónica que tanto faz falta às mulheres mundanas, completamente alienadas de si e desse eterno feminino, dar um exemplo a essas mulheres modernas que se creem emancipadas, mas que esqueceram por completo quem foram e um passado de mulheres livres, verdadeiramente mulheres em todo o sentido da palavra...
E não basta juntarmo-nos em grupos fechados e ficarmos felizes porque estamos a evocar a Deusa ou a sua ancestralidade, esquecendo o presente e sem nos voltarmos para a vida real e àquilo que nos rodeia, e perdermos todo o bom senso.
Acredito que a mulher do futuro é a mulher moderna que recuperou a sua ancestralidade e fez a fusão das duas mulheres divididas em si e integra a consciência do passado com a consciência psicológica do seu presente e tudo o que descobriu e viveu ao longo da sua vida e da sua experiência humana.
É muito importante a mulher não se ficar pela imitação de deusas e sacerdotisas ou xamãs e fazer desses modelos apenas um 'modus vivendi'... ou se tornarem as vendidas do Templo... ou as prostitutas sagradas... comercializando o que devia ser apenas livre e CONSAGRADO À DEUSA E À MÃE de alma e coração. Sem especulações, sem mercados...
Rosa Leonor Pedro, in "Mulheres e Deusas Blogue".
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