O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 19, 2020

Mulheres que leem Lilith

(Foto de Ana Martins)
 
 ONDE CHEGA LILITH - UM TESTEMUNHO MUITO BELO E GRATIFICANTE DE UMA LEITORA DESCONHECIDA…que vive em Barcelona.

"Querida Rosa,
Sou-lhe tão grata por ter escrito Lilith, A Mulher Primordial!! Este livro entrou em minha vida na hora certa. É um livro lúcido, sem rodeios, cheio de Alma, fonte de vida, pura água… No posfácio emocionei-me ao sentir o carinho que nutre pelo ser humano assim como por saber que estava a terminar. Terminando não só um livro como um ciclo que por tanto tempo desejava que cheg...asse.
Escrevo-lhe por sentir que o devo fazer e de coração cheio, por isso deixo-lhe algumas palavras.

É curiosa a sincronicidade da vida isto porque nas minhas eternas procuras, encontrei este belíssimo livro de Rosa Leonor Pedro, Lilith - A Mulher Primordial, o primeiro impulso foi “vou comprá-lo”, e foi o que fiz. Quando a campainha tocou, a primeira frase que disse foi “é o livro...”, nisto reparei que chegou justo um dia antes do meu aniversário, sem ter pensado ou planeado. A chegada deste livro não só me trouxe o devido reconhecimento desta Consciência que é Lilith como nutriu a minha alma ao oferecer-me algo (nunca tinha acontecido em nenhum aniversário). Intuí que me tinha sido entregue uma chave, uma nova chave, para abrir uma vez mais outra porta.
A beleza que existe nele é que além de ser lido é um livro para ser sentido, e ser deixado levar aos confins da nossa memória individual e colectiva. Tão poderoso o é!
É verdade que nesta estrada não existe mapa, roteiro ou guia turístico, é uma viagem sem destino preestabelecido, não existe tempo contabilizado e nem orçamento apresentado, e tampouco é ficção! Apenas verdade, eu diria a maior verdade que encontrei nesta viagem que chamamos vida. É pura sensibilidade! Nela me reencontrei, revi e revivi, Lilith a força vital, que me faz dançar sozinha sem música e em pleno confinamento, que me faz amar o imperfeito, que me faz rir como uma criança, que me mostra sempre o lado mais bonito numa tragédia, que me faz recriar e reinventar, além de trazer luz, diria mesmo CHAMA, trás VIDA, FORÇA, VONTADE e um sem fim de certezas. Agora posso ser um gato, serpente ou leão (até mais) sob esta pele que visto sensível, singela e serena.
Deixei de barro a ser moldado, agora SOU barro a ser recriado!

Rita Pereira da Costa (ou do Campo)
Receba um enorme abraço!
Até breve,
Rita

Sem comentários: