O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, junho 07, 2020

mulheres que leem Lilith




TESTEMUNHO DE UMA LEITORA ANÓNIMA…


"Ao ler o livro de Rosa Leonor Pedro, Lilith A Mulher Primordial, além de ficar muito surpreendida com o teor do livro, a medida que avançava na sua leitura e lia o que me era sugerido acerca das diferentes questões abordadas e que partiam de historias e mitos para mim sem interesse, aconteceu que naturalmente me fui abrindo às  diferentes interpretações do que estava habituada a ler e a interpretar nos círculos normais do conhecimento e da psicologia de assuntos sobre a mulher ou sobre o sofrimento das mulheres em geral; foram-se levantando duvidas antigas que me corroíam sem eu saber e que me inquietavam e que a medida que lia me eram respondidas de forma muito pertinente. Mas o que eu mais gostei e destaco no livro - sim eu que não me relaciono nada com deusas nem ritos nem círculos ou formas de vestir do que parece usual nas mulheres que se dizem seguidoras do Feminino Sagrado -, foi que não encontrei nada nele que me pudesse induzir a um qualquer ritual ou prática especifica para se atingir um fim, o não ter de seguir ninguém, nem ter nenhuma fórmula ou fazer rezas, mantras ou danças, dessas que se fazem por ai para conseguir encontrar essa mulher (deusa) plena em mim…
Devo dizer que comecei a ler o livro bastante desconfiada e já arrependida de ter gasto aquele dinheiro num livro do género, mas de facto atraiu-me nele algo que não sei dizer e intuitivamente cedi ao impulso de o comprar… Na verdade fui percebendo que muitas coisas que se passam com as mulheres é nele explicada de forma diria muito inovadora, não sei, mas que nos toca… E vi que sem precisar de ser religiosa ou crente de nada, há um sentimento de sagrado que vem apenas na base de factos e realidades próximas e dentro de uma abordagem leve mas  de uma psicologia aprofundada do nosso ser mulher,  sem qualquer pretensão de nos convencer de nada; eis um livro que toca o nosso âmago e nos desperta para algo esquecido e que já está dentro de nós…
Penso por isso que é um livro para qualquer mulher ler…seja ela descrente, ceptica, mental ou intelectual, ou mesmo sendo católica ou marxista, basta um pouco de abertura da alma feminina e seguir a nossa intuição e chegamos lá, creio, como a autora diz, que há em nós um potencial genuíno e generoso à espera de ser tocado e ele é comum a todas as mulheres por igual tudo depende da sua vontade de Ser Mulher Inteira...
Ainda não acabei de o ler, mas tudo o que li tem-me tocado de forma especial e directa porque quase tudo  tem a ver com pequenos nadas  que não consciencializaria de oura maneira e que vieram ao de cima: coisas apagadas do meu passado ou recalcadas desde  adolescente e que vierem a superfície e foram agora melhor compreendidas ao nível de uma psicologia diria elementar mas com isto não estou a diminuir o livro pois ao mesmo tempo que se lê com muita facilidade ele é sem duvida profundo e incisivo sobre tantos dramas e questões insolúveis para a mulher actual.
Este é um livro simples que todas as mulheres deviam ler … afinal para se ser inteira não precisamos depender de nada nem de ninguém e foi isso que me fez ler o livro com tanto interesse e sentir algo nele que não é fácil encontrar noutro livro nos tempos que correm… ele vibra e fez-me sentir algo que não sei ainda explicar…"

Sem comentários: