O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, dezembro 23, 2021

EM VESPERAS DE NATAL...

Onde a beleza e a verdade, a paz e o amor universal? 

Publiquei este texto em 2014  já muito desiludida com o mundo e as suas premissas mas então  o que diria hoje, em que estamos mesmo mesmo no fim de um mundo louco e pervertido que sempre foi louco e injusto e brutal, não a Natureza ou os animais, mas a besta humana. Sim, que dizer hoje em que já nada de digno e verdadeiro ao cimo da Terra e tudo o que existe e assistimos no nosso dia a dia é esta alienação global, este entorpecimentos das massas esgazeadas. 
Ver toda esta loucura tornar-se viral, baseada no terror e no medo constante, em que nos perseguimos  em nome da saúde e com medo morte, e em que se pára a vida  e o contacto social, menos trabalhar, e que afasta as pessoas umas das outras, mas apertadas como sardinhas de lata nos metros e nos comboios, como gado. E em nome da Pandemia deixam morrer os idosos e os doentes sós e não se tratam os doentes graves e as televisões mais não fazem do que antagonizar os seres a instigar o medo e e a virar as pessoas umas contra as outras. Este é um tempo igual ao que eu vive nos anos 60, em que voltámos às ditaduras policiais, as ameaças à nossa intimidade e em que a liberdade de expressão e não só é ameaçada de morte... eu olho e digo, essa sim, é a maior doença que ataca esta humanidade estupidificada pelas crenças e pelas religiões, pelo consumo e pelo cinema de terror e agora pelos Midea e as redes sociais, e as populações analfabetas e aculturadas, completamente anestesiada pelo medo que eles propagam. 
Ninguém pensa nem já sabe o que é certo e errado e o próximo é varrido da nossa vida sem apelo nem agravo... e as pessoas só pensam no seu umbigo e em não perderem "direitos" tirando-os aos outros...alinhando-se com um "cartão sanitário" que tira a liberdade de escolha e o direito a nossa saúde e respeito pelo nosso corpo e a nossa alma!  
Sim, isto é uma guerra surda de morte lenta...


Há 8 anos em véspera de Natal como hoje eu escrevia isto: 

Penso hoje...especialmente hoje...véspera de uma noite que se quer de nascimento do "novo e da esperança"...de uma nova vida; a promessa de um menino de oiro...e todos os equívocos e loucuras que esse nascimento gerou num mundo sempre caótico e absurdo tão igual aos seus primórdios: em que gera a fome guerra e ódio em vez de paz e amor conforme o prometido...há dois mil anos...cinco mil anos, dizem não são nada e as vidas humanas também não...
Este mundo de cada vez menos esperança, e cuja fé mata....em nome d' aquele que a gerou...é um mundo sem Mãe...
Onde a beleza e a verdade, a paz e o amor universal? 
Não, não festejo nenhuma data natalícia que não seja a da Grande Mãe da Origem - aquela que dá a luz e nos amamenta desde o berço até a morte... Essa Mãe que foi esquecida dos homens - e que hoje é sacrificada em todas as fés...Ela é vendida, explorada e morta, violada e crucificada em todo o mundo...
Não tenho nada para festejar num mundo patriarcal de um deus único que fez da Mulher o seu bode expiatório...e a continua a castigar do pecado, diariamente violando e matando, acusando-a a ELA, a Mãe de todos os homens a culpada de todos os males que eles e as suas guerras de poder geram na terra...
rlp


Sem comentários: