O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 31, 2021

MEIA NOITE ...



DIAS ESTRANHOS...

Não é que eu não vos desejasse o melhor deste mundo para hoje e todos os dias, mas perante esta realidade de gente demente e alienada de um lado e do outro, o que é que eu posso dizer se em nome do amor se mata e se trai, se engana e mente?
Não consigo alinhar com isto. Não consigo conciliar esta disparidade humana ao ver pessoas supostamente bem intencionadas serem enganadas e a quererem persuadir os outros, com as melhores intenções, claro, sem respeitar a convicção profunda de cada um... sem respeitar o SENTIR que nos faz resistir a uma ofensiva geral - uma manipulação sistemática e colectiva- em que a liberdade do individuo é constantemente ameaçada...
Uma ofensiva sem tréguas levada a cabo por todos os meios de comunicação de forma a implementar o terror e medo nas populações e ao mesmo tempo como num circo dá-se-lhes palhaços, pão e bolos. O Circo do fim do ano, estes foguetes e fogo de artificio sem fim a distrair multidões acéfalas enquanto caminham para o abismo...
rlp


2 comentários:

Luz de Luna disse...

Pela primeira vez senti uma completa solidão, mas não aquela que dói, mas uma solidão em que não adiante dizer mais nada, como uma derrota para os que ainda acreditam cegamente em um ano bom. Algumas pessoas já me perguntaram como grávida eu poderia pensar essas coisas...eu gostaria de responder que nada do que penso pode diminuir o amor que sinto pela vida que carrego, mas sei que não entendem também o que significa essa provação nesses tempos. Não há nada que eu possa dizer, eu sinto uma morte por dentro enquanto há tanta vida. Minha felicidade é única, mas não fecho os olhos para o que está na minha frente.

rosaleonor disse...

Minha amiga, o que diz é tão sério e tão profundo que fico sem saber o que dizer, mas é por ser tão verdadeiro que me tocou tanto, pois sei do que está falando. Sabemos que a vida é sagrada e gerar vida também, mas neste momento é deveras estranho conceber quando o mundo está a morrer justamente naquilo que nos dava alguma esperança. Contudo, a um certo nivel, interior e intimo sabemos que o espirito nos anima e assim animará também a criança que há-de nascer e ela virá preparada para este novo mundo que ainda não sabemos para que leda ele se virará...
Nada pode diminuir o amor que sente...e mantenha sua confiança nele pois ese amor está bem acima de tudo o que nos entristece e assusta de cruel e desumano... ele está dentro de nós e nada o pode roubar. Assim nos mantenhamos nós fiéis a ele e a vida...
Um abraço proffundo de alma!
Fique bem
rlp