A PERDA DA IDENTIDADE FEMININA deu numa cópia caricatural do homem...
"A sociedade patriarcal valoriza e promove apenas os aspectos masculinos, subestimando e até mesmo reprimindo os aspectos femininos. O resultado é que a mulher se esvazia, perde sua identidade feminina essencial e se torna uma “cópia” caricatural do homem; o homem, por sua vez reduzido à masculinidade bruta e unilateral, perde a ligação com os valores femininos do seu mundo interior e passa a ter uma relação opressiva para com a mulher. Como restaurar a feminilidade, despontenciando a unilateralidade do mundo patriarcal, a fim de reequilibrar a identidade psicológica dos sexos e planificar a relação entre o homem e a mulher?"
in A GRANDE MÃE de Erich Newmann
Tenho pensado muito em como as mulheres quase todas, excepto algumas raras excepções, estão completamente aprisionadas no Sistema patriarcal e como muito dificilmente sairão dele sozinhas...
Estamos perante uma realidade em que assistimos impotentes a um RETROCESSO CULTURAL SEM PRECEDENTES na História da Humanidade - estanques as mentes num status quo evolutivo, em que as pessoas na sua grande maioria, manipuladas pelos Midea e as fake news no mundo inteiro, regrediram todas, voltando a um medo ancestral e atávico da morte (ah a Peste...) e com medo de perder esta vidinha falsa, de comodismo e consumismo, e de futilidade em que vivem, voltaram ao seu nível mais primitivo e estão dispostas a matar para salvar a pele carcomida de vermes invisíveis...
rlp
in A GRANDE MÃE de Erich Newmann
Durante muitos anos lutei por uma verdadeira emancipação da mulher para fugir à tutela do homem e ser ela mesma senhora da sua vontade e desejos... E acreditei que as mulheres poderiam se quisessem sair de situações que as oprimiam ou impediam de ser livres, seja a nivel sexual, emocional ou económico, e poderem assim serem elas mesmas, sem ficarem presas ao modelo e sempre condicionadas pela família com as suas pressões morais e sociais de como uma mulher deve ser ou da pressão de um marido manipulador que asfixia e violenta... e não falo apenas de maus maridos ou de homens déspotas e manipuladores, a grande maioria, mas até de casamentos concertados - modernos, democráticos ...digo de "igualdade" em que ele lava a loiça e não chateia nada se sais com amigas...- a fim de manter uma estabilidade (de conveniência) de segurança emocional e económica ou mesmo sexual. Em que ambos fazem as suas concessões... e até parecem felizes, mas vendo bem as coisas são só para manter as aparências. Para facilitar a vida segundo as normas em vigor.
Eu não estou a julgar ou a condenar essas mulheres! Eu sei como é... Eu sei o que vivi e como vivi. E é por isso que faço estas considerações. Se consegui ser livre foi porque a vida conspirou a meu favor...no mal e no bem.
O que mudou em mim e na minha convicção é que não vejo hoje grandes possibilidades da mulher se tornar plena ou total em si, integra e auto-centrada...como eu sonhei e escrevi - e tudo isto porque ao fim de tantos anos poucas mulheres, das dezenas que eu conheci, conseguiram vencer sozinhas ou tiveram coragem para superar os múltiplos obstáculos e pressões que sofreram, seja serem perseguida por chefes no emprego, seja serem olhadas pelos colegas e amigos como sendo disponíveis ou oferecidas, seja criticadas pela familia que suspeitam sempre de uma mulher só, e dos predadores em geral que estão sempre atentos a presa...
Conheço algumas mulheres que tentaram e foram sinceras. Elas fizeram tudo o que supostamente poderiam fazer para sair dessa prisão, lutando por uma independência pessoal e mudar o rumo das suas vidas fosse a nivel económico e social; lutaram para fugir a uma situação que as aprisionava, que as tinha esgotado, para serem realmente livres e poderem assim viver uma vida por si mesmas e fazer as suas escolhas começando por se libertarem de um casamento falhado, e no fim, quase todas, se viram obrigadas a voltarem para um casamento desfeito ou acabado, muitas já divorciadas, só para garantir a sobrevivência, manter uma reputação, uma segurança ou manter os filhos protegidos. Ou porque não se aguenta a solidão e se necessita de algum afecto na velhice...
Não, eu não estou contra essas mulheres. Eu compreendo-as. Mas não posso deixar de ver as coisas como elas são, sem artificios e mentiras ou desculpas. Vejo hoje que é impossivel para uma mulher sozinha libertar-se e ser uma mulher consciente de si dentro do Sistema patrista. A batalha é mortal... e a mulher que não cede é morta ou anulada de muitas maneiras. AS que sobrevivem aos golpes duros do olhar alheio que julga e condena são muito poucas...
rosa leonor pedro
NOTA A MARGEM:
rlp
6 comentários:
Ótimo
Olha eu sei que é difícil, mas as mulheres adultas se vitimizam demais, pois enquanto se é jovem, você é uma presa fácil prós homens, essas mulheres já tem capacidade intelectual para saber como o mundo ao redor funciona, e mesmo assim continuam se humilhando para os homens porque querem
Quem se importa com essas vadias de qualquer forma?
Rosa sábias suas palavras, e sua compreensão. No grande retrocesso que estamos vivendo olho para as mulheres e não vejo muitas esperanças, agora mesmo estou a gestar uma vida em meio a tudo isso, me apegando aos aspectos espirituais e estou muito só. Mas essa solidão nesse momento está sendo o melhor, pois é um momento que escuto todo o tipo de pensamento que limita uma mulher que irá ser mãe e me desqualifica como alguém que pode escolher por si e ir aí contrário do que se prega, do medo, dos médicos...cada fase nossa é uma grande luta. Eu preciso compreender melhor quando as mulheres escolhem a prisão ou mesmo a submissão, ou a ilusão de estarem avançando neste sistema que as usa o tempo inteiro.
Bruna, o que diz é uma grande verdade, concordo inteiramente consigo, mas sinto que de algum modo temos de contrariar isso. Eu sei o quão é dificl ser mulher neste mundo e ser mãe no seu caso, sem se cingir as normas sociais e quiser continuar a ser senhora de si. Mas seja como for, as vezes essa solidão é boa e vale mais do que nos sujeitarmos ou submetermos a uma falsa evolução e igualdade com o homem. A mulher é diferente e tem de continuar a afirmar a sua feminilidade interior, o seu intinto, seguir a sua natureza selvagem, não estereótipos nem convenções feministas que na verdade nunca vão ao fundo do que é ser mulher...por isso toda esta confusão sobre generos... a Mulher é uma Mulher e tem de continuar a fazer a diferença e afirmar-se como tal...
Um abraço e obrigada pelo seu comentário.
Obrigada Rosa pelas palavras, teu trabalho tem me ajudado muito a integrar o sentir profundo e as armadilhas do caminho que passamos sobre como uma mulher deve ser.
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