O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 19, 2022

Os cinco tipos de acríticos covideiros



O PANICO DOENTIO E OS DEBEIS MENTAIS

Eu hoje desloquei-me a um centro comercial e deparei-me com uma personagem do género aqui definido, o "Tipo covid-moralista e covisádico" - uma criatura pidesca e absoleta que numa loja, tendo a minha mascara descaído um pouco do nariz, passou por mim e com um ar esgazeado  chamou a minha atenção com uma reprimenda para o ar: "O QUE EU MAIS ODEIO É GENTE QUE NÃO SABE USAR A MÁSCARA"...
O BICHO empurrava um carrinho de criança e o seu ar era de facto animalesco, preso de algum terror e estou certa de que se pudesse me teria prendido ou me castigaria e ele mesmo me açoitaria ... 
Estes seres existem e lamentavelmente tenho (ou tinha) alguns amig@s do género...
Por isso achei  muito interessante e oportuna a descrição desses doentes pela Joana Amaral Dias
rlp

Os cinco tipos de acríticos covideiros

Joana Amaral Dias
Activista política

19.02.2022,

Tipo covid-assustados:
 
Este género faz a base da pirâmide alimentar. Trata-se de pessoas que ficaram tolhidas com medo de morrerem ou de matarem (avó, pai cardíaco, etc.). Ou seja, não toleram a angústia de morte, logo não transgridem e obedecem a qualquer regra, por mais idiota ou estapafúrdia que seja. Deus colocou o homem no Jardim do Éden para o cultivar e guardar. E disse-lhe: “De toda árvore comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” No Éden não há morte, logo não há angústia. Também não há vida, claro. O covid-assustado, envolto na santa ingenuidade, acredita piamente que se cumprir à letra será salvo. Angélico, zela por todas as regras porque acredita na $iência, quer ajudar e defende o bem comum. Não questiona nem duvida. Precisa de auxílio e merece-o.

Tipo covidpata:

Este género é a antítese do anterior. Promove o pânico, a desconfiança. Vê na covid uma oportunidade de negócio, de autopromoção, de lucro, de poderio, de domínio. Sabe de cor as crateras e as contradições da narrativa oficial (que ajudou a criar), mas a ganância é combustível. Merece prisão.

Tipo covindiferente:

Este é o género que não quer chatices. Não está para se incomodar. É comodista, preguiçoso, meio medroso, evitante, diplomata. Acha-se neutro, escuda-se no “não sou especialista” ou no “acredito na $iência” (mesmo que não acredite). Merece lição de história.

Tipo covergonha:
 
Este tipo começou por ser um covid-assustado mas, depois de se aperceber daquilo em que se tinha metido, não quis perder a face, recusou-se a dar o braço a torcer e ainda hoje relativiza e minimiza toda a incongruência. Na versão moderada, sente profundo embaraço pelo excesso de papel higiénico, roupa despida à entrada de casa e alface desinfectada. Na versão extrema, mais importante do que os milhões de pessoas lesadas é salvar a sua própria imagem. Merece desprezo.

Tipo covid-moralista e covisádico:
 
São pessoas para quem esta é uma chance para expurgarem e exorcizarem o seu sadismo. Na versão light, são moralistas. Publicamente, são mais papistas que o papa, observam escrupulosamente todas e mais algumas normas, acusam quem transgride inadvertidamente e condenam impiedosamente quem discorda. Podem chegar a vexar e a humilhar. Algumas vezes besuntam a coisa com o açúcar do humorismo. Na versão hardcore, são sádicos malignos que encontram aqui a ocasião perfeita para executar os seus ímpetos perversos de uma forma socialmente aceite, quais bombeiros pirómanos, polícias ladrões ou médicos envenenadores. Têm sonhos húmidos ao exigirem certificado digital, por exemplo, ou, num extremo mais patogénico, querem que os não vacinados sejam segregados, paguem mais impostos, não tenham assistência médica, morram numa valeta, sejam apedrejados até à morte ou queimados na fogueira. Enfim, sentem gozo e clímax com o sofrimento do outro. Finalmente, podem expressar a sua parafilia sem condenação. Até mesmo com validação social. Merecem castigo.

1 comentário:

Raissa disse...

Você deveria conhecer um tal de Helder Maldonado, jornalista ou ex jornalista ( eu não sei) Youtuber que riu de um suicídio de um homem que tinha opiniões contrárias á dele.Eu fiquei horrorizada, ele justifica o que ocorre na Ucrânia por causa do presidente etc...