O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

AFRODITE BRASILEIRA...

Iemanjá, a grande mãe,
o oceano que origina tudo.

De seu ventre saíram todos os Orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra.
Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o bem-estar de todos, mas exerce uma autoridade mais pela astúcia que pela força. Iemanjá é a imperatriz fecunda e resoluta totalmente aberta à criatividade.

Deusa da nação Egbá, nação Iorubá, onde existe o rio Iemanjá. A umbanda por influência do sincretismo, promoveu Iemanjá como nova entidade, criação puramente brasileira. Moralizada como mãe de todos os orixás, assimilando-a com Nossa Senhora, mãe de Deus. Nela ficam condensadas as características das diversas entidades femininas.

Dona de poderes, a tranquilidade do mar ou as tempestades estão sob o seu domínio. Representam a linha de Iemanjá as Sereias (Oxum), Estrela Guia (Maria Madalena), Ondinas (Nanã Buruku), Caboclos do Mar (Indaiá), Caboclos dos Rios (Iara), Marinheiros (Tarimá) e Calungas (Calunguinha)

"Afrodite brasileira", Iemanjá é a padroeira dos amores e muito solicitada em casos de desafetos, paixões conflituosas, desejos de vinganças, tudo pode ser conseguido caso ela consinta. Iemanjá exerce fascínio nos homens, sua beleza é o esteriótipo da beleza feminina: Longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa. Têm poderes sobre todos aqueles que entram em seu domínio, o mar.

Venerada e respeitada por pescadores e todos aqueles que vivem no mar, pois a vida dessas pessoas estão em suas mãos, segunda a lenda é ela quem decide o destino das pessoas que adentram seu império: enseadas, golfos e baías.

Rainha, sereia, mãe-d’água, ela é a deusa de "todas as águas" da Bahia de Todos os Santos, cultuada em Amaralina e Itapoã, no Dique e no Rio Vermelho, nos lados de Abaeté e nas pedras de Monte-Serrate, e do outro lado, na ilha de Itaparica. Cultuada também em Porto Alegre - RS, como Nossa Senhora dos Navegantes do Catolicismo (sincretismo).
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Copiado de Carla Lampert
In:
http://www.femininoessencial.blogspot.com/

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