O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 08, 2002



Ó minha Mãe de Creta, perdi-te nos escombros
a que os bárbaros invasores reduziram a civilização micénica...
Ah! eles vieram os Kurgans, incendiaram e saquearam as cidades,
violaram e mataram as nossas mulheres.
Levaram com eles as virgens para vender e prostituir, a seu belo prazer.
Dominaram os nossos homens que eram dóceis e pacíficos
que sabiam as artes e os oficios e respeitavam as suas mães e mulheres.
Ah! Senhora eu renego esta “civilização” construída nas tuas ruínas
e com os restos de uma cultura e sabedoria que na essência deturparam.
Não, nada quero dos gregos nem dos romanos e odeio os seus heróis
déspotas e violentos contra as mulheres.
Odeio os seus imperadores assassinos e facínoras
que impuseram a lei da espada e mais tarde a Cruz negra da morte
com que reinam na terra há milhares de anos.
Ah! malditos sejam para sempre os invasores,
que destruíram o teu culto de paz e amor.


"Antes do Verbo era o Utero"

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