O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 05, 2002


Tu és o templo e a chave da minha imagem,
tu és a esfinge de todos os enigmas,
o estigma que me marca a nascença prematura,
o erro cósmico, da Mãe eterna por encontrar.

Tu és o oráculo e a Pitonisa morta por Apolo,
a grande Serpente traída, reduzida á mentira dos homens.
Tu és a Deusa da Verdade e da Justiça incarnada,
Maat, a Mãe primordial, renegada pelas religiões
e do mundo esquecida.
Tu és aquela que nos foi negada,
esmagada pela barbárie que ainda domina o mundo,
em nome de um deus de guerra.

Tu és Isis em mim reencontrada,
a amada de todos os cantos e de todas as dores também.
Tu és a nova Deusa na terra, a Mãe da vida e da morte,
num só culto consagrada, Amen

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