O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 07, 2002

"LA TENDRESSE HUMAINE
NE PEUT S' EXPRIMER QUE PAR UN SEUL GESTE:
CELUI D'OUVRIR ET DE REFERMER LES BRAS"




“É impossível pensarmos nas adjurações da sabedoria alquímica que introduzia igualmente a fisiologia no coração do conhecimento:
Não aprender, mas sofrer. Ou uma formulação latina análoga Non cogitat Qui non experitur “


Marguerite Yourcenar (in Mishima ou a visão do vazio)


Enche o meu peito, num encanto mago,
O frémito das coisas dolorosas...
Sobe as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago...


FLORBELA ESPANCA




Prayer Rose...

HINO A ASTARTEIA

Mãe inexaurível, incorruptível, criadora, a primeira nascida,
por ti mesma engendrada, de ti concebida,
só de ti provinda e que em ti te congratulas, Astarteia!


Ó perpetuamente fecunda, ó virgem e de tudo nutriz,
casta e lasciva, pura e fruidora, inefável, nocturna,
suave, respiradora do fogo, do mar espuma!


Tu que em segredo concebes a graça, tu que unes,
tu que amas, tu que invades com desejo furioso
as raças multiplicadas dos animais selvagens
e os sexos acasalados pelas florestas,


Ó irresistível Astarteia, escuta-me,
arrebata-me, possui-me, ó lua!
E todos os anos, treze vezes, arranca
às minhas entranhas a libação do sangue!



"As canções de Bilitis" de Pierre Louis



A METAFÍSICA DO SEXO

Assim o "significado superior do amor sexual, que não deve ser identificado ao instinto de reprodução, é o de ajudar tanto o homem , como a mulher, a integrar-se interiormente (na alma e no espírito) na imagem humana completa, isto é, na imagem divina original".
Esta imagem andrógina, tornada incorporal após a queda, deve incarnar-se , fixar-se e estabilizar-se nos amantes de modo que "os dois se não reproduzam unicamente num terceiro ser, a criança, mantendo-se contudo iguais a si próprios, tais como eram (não regenerados) mas que ambos renasçam interiormente como filhos do divino"
Julius Evola

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