O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, outubro 24, 2002




SEM COMENTÁRIOS...

De vez em quando penso em qual é realmente o meu objectivo em manter este Blog.
Primeiro que tudo, em Portugal, têm pouco impacto estes diários virtuais e penso que neste universo tão vertiginoso de comunicação fácil não interessa a ninguém aprofundar as coisas do ser e tenho registado que quando mais qualidade e essência - penso eu - têm as coisas que aqui escrevo, menor é o interesse ou as visitas. Depois, sendo o maior número de visitantes brasileiros, mais interessados nestas coisas da alma e do espírito, pouco ou nada circunstancialmente temos em comum, para além da língua e a viva simpatia por poetas e escritores.


Então porque continuo todos os dias a escrever as minhas frases e poemas preferidos? Porque sei que existem uns tantos seres fiéis de “Mulheres & Deusas”, embora ajam poucas deusas e as mulheres se interessem muito mais por homens do que por elas próprias em geral...
De qualquer modo continuo a apostar na qualidade e não na quantidade...


Enfim, escrevo como se criasse uma página literária a meu gosto, com as coisas que gostaria de encontrar e ler noutros Blogues, embora encontre Blogues muito interessantes. Eu, porém, não falo de mim, nem do que me acontece no dia a dia que é irrelevante e mutável. Ás vezes uma crítica social a que não resisto ou mesmo uma asneira política, mas o meu interesse verdadeiro é só no SER MULHER.
Foco-me mais no meu ser interior; dou lugar à alma e ao espírito e aposto numa Nova Consciência da Mulher. É só por isso que continuo, mesmo que tivesse só uma leitora!


Seja como for, esta Página é quase um Culto da Mulher-Deusa...
Para quem quiser ser fiel...




MULHER SELVAGEM

Quando aceitamos a nossa própria beleza selvagem, ela fica em perspectiva, e nós deixamos de ser incomodadas pela sua percepção, mas também não renunciaríamos a ela nem negariamos a sua existência. (...)

Para as mulheres, essa procura e essa descoberta se baseiam na misteriosa paixão que as mulheres têm pelo selvagem, pelo que lhes é inato. Estivemos chamando o objecto desse anseio de Mulher Selvagem...mas, mesmo quando as mulheres não a conhecem pelo nome, mesmo quando não sabem onde ela reside, elas se esforçam para alcançá-la: elas a amam do fundo do coração. Elas anseiam por ela, e esse anseio é tanto motivação quanto locomoção. É esse desejo intenso que nos faz procurar a Mulher Selvagem e encontrá-la. Não é tão difícil quanto se poderia imaginar a princípio, pois a Mulher Selvagem também está procurando por nós. (...)

"MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS"
de Clarissa Pinkola Estés


NOTA: Elaine, não consegui abrir o programa que me enviou nem ver o seu gatinho...

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